Conselho

Você já teve a sensação de

estar preso em uma eterna

roda de repetições?

Ações combinadas, horários

manjados, caminhos e decisões

que nunca trocam de lado.

Pendurado no ponteiro, rodando

confortavelmente hipnotizado.

As vezes, percebermos essa

coisa como nossa pequena

alma presa embaixo de

desejos que, por sua vez,

já estão enterrados com o peso

da rotina falida que chamamos

de vida.

Mas que crítica inovadora

estamos fazendo por aqui?

Talvez mais algumas frases

que apontam o óbvio do

óbito sem ao menos conseguir

trazer um milagre para a

ressurreição da expectativa

de se desgrudar da linha que

nos guia.

Na verdade, nós mesmo nos

guiamos. Não terceirizemos a

culpa pelo nossa falta de

boas condutas quando o

assunto é querer fazer parte

do clube da luta, só porque

ficamos cegos das motivações.

E o conselho, para não dizer que

fui desonesto, fora dos

padrões, seria para ficar

em silêncio no silêncio.

Fechar os olho no escuro.

Abraçar suas versões do

futuro. Conversar muito mais

com você, do que se atrever a

atirar palavras nas mentes de

pessoas que só querem te

esquecer.

Mas, lembre-se, deixar de ser

escravo do tempo, é uma

liberdade que poucos suportam

ter.