Lisboa

Publicado por: Manuel Marques
Data: 08/03/2008
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Lisboa

Quantas viagens e acessos reconhecidos

de fúria, prazer ou mero encantamento

quantas viagens de luxúria

ou descidas aos infernos da ignorância

quantas as vezes te amei de peito aberto

quantas as vezes te percorri sem o medo

sem a intensa frustração de ter que partir

Lisboa de minh'alma, de meu corpo em frenesim

houve os tempos do poeta sentado no café

a sustentar os dias em que não trabalhava

para que hoje sejas lida para além do óbvio

quantas as vezes te li e nunca te senti

como aquelas em que te vejo

Lisboa eu amo-te, amante perversa

de orgasmos interrompidos pela dor

de fugidias subidas ao Céu

interrompidas pelo nojo

da ausência, da destruição, da indiferença

Quantas vezes te percorri, já não sei

não vou nunca quantificar os amores que te conheci

as sensações de loucura que lá vivi

dentro de ti ó Lisboa

De minh'alma, de corpo e coração!

http://manuelantoniomarques.blogspot.com

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 01/04/2007
Código do texto: T433425
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