O leito do rio tranquilo que é o meu coração, transborda!
E neste dilúvio, tão rápido quanto brutal,
O meu espírito desperta!
Eu não penso, eu não vejo,
Eu só sinto este vento de primavera
Que suavemente se eleva
E enlouquece os elementos da minha alma em risco.
A água destrói sem extinguir o fogo.
E o fogo queima sem abrandar a fúria das águas.
Os extremos se tocam e se entrelaçam
Sem perder a sua individualidade.
Eu sou uma gota d’água no seu grande oceano
Um grão de areia do seu deserto.
Segura a minha mão, dê-me
Um sorriso sensual
E me leva para onde, jamais, foi nenhum mortal!