TROVAS DE ALGUMA ESPERANÇA
No coração ressecado
- Nordeste de imensas léguas -
Caia ainda alguma chuva
Salve-se ainda algum gado
Alguma praia se salve
De tantas manchas de óleo
E piche de sonhos falhos.
Ah, peixes, pra longe nadem...
Nas minas gerais da alma
Não mais barragens rompidas
Tais sepulturas de lama.
Saneados paraopebas
Alguma ainda esperança
Que não seja só palavra.
Ah, que venham outras lavras
Terras de novo fecundas.
Escrita na noite de 17 de outubro de 2019.