Há de um dia se entender
A cada dia que nasce
A qualquer hora, enfim,
Que da paixão, dor de desejos
Renasce o dom de viver
E nesse gozo da vida
Que a mim, a nós todos
Arrepia, afronta, entontece
A sorte e o olor da morte:
A magia da dor abstraída
Há de se ver, ao notar-se
Que'screver se torna a razão
Pra poeta vivente das letras
(E por elas nasce todo dia)
Num eterno reapaixonar-se.