Era somente um poeta, de alma velha e sofrida,
Trazia no olhar as lembranças, das amarguras vividas.
Era um homem cabisbaixo, pouco dele se sabia...
No rosto, o olhar perdido, era tudo o que se via.
Talvez guardasse no peito algum desgosto profundo,
Daqueles que marcam a vida com ferro quente e a fundo.
Talvez chorasse uma perda, talvez sofresse a dor,
De quem amou nessa vida e tenha perdido esse amor.
Talvez a poesia, tenha surgido em sua vida,
Como forma de torna-la, mais leve e menos doída.
E descarregasse em seus versos, parte de uma história,
Que tinha que extravasar e tirar de sua memória.
Era somente um homem, pleno de sentimentos,
Que buscava na escrita, alguma forma de alento.
Todos o conheciam como o poeta das ruas,
Dos dias claros de sol, das noites banhadas de lua.