Uma lágrima... N’alma nasce esta lágrima
Vem como se lâmina de aço é e de profuso corte.
Rendendo o ser em carência do afeto ausente.
O que se fez carinho hoje é como o vago da morte.
Navegante n’alma com velas a pino...
Desfraldada em busca dos ventos
Não se tem mais momentos sendo hora um só!
Quanto uma nostálgica lágrima pode cortar
A imagem premente se enseja na solidez...
Cânticos viperinos são para os ouvidos os ventos
Atroz dor calada no ser se faz mortal
Como um sorriso pode trazer tal encanto voraz
E depois mantém o infausto futuro
Infortúnio; com gosto de sal... Uma lágrima!