Poeta e poesia.

 

E imaginou que seria poesia.

Falaria por metáforas, utilizaria o subjetivismo, esbanjaria alegoria.

Imaginou colocar, nas folhas de um livro de ouro,

As mais belas palavras. Construiria um tesouro!

 

E escreveu sobre o mar, sobre o sol, sobre a lua

Escreveu sobre caminhos, campos e ruas...

Falou do ontem, do hoje e do amanhã,

Disse sobre certezas, das dúvidas e das coisas vãs.

 

Decorou cada verso, seguiu todas as normas,

Escreveu corretamente, usou de diversas formas.

Nunca mais expressou, um só sentimento sem rima!

Desprezou o curso das águas. E remou, mesmo sendo rio acima!

 

Mas ao poeta, basta ter ilusão e sonhar acordado,

Bastam os olhos fechados e ouvir só o coração...

Basta olhar as pessoas e sentir o que elas sentem,

A alegria, a dor e o amor... Estes, nunca mentem.

 

Um pedaço de papel, um giz, ou um pedaço de chão,

Esquecer regras, costumes... libertar toda a emoção.

Fluir a poesia com calma. Sentir toda a liberdade...

Que venha do fundo da alma! Da sua mais pura verdade!