Case-se com alguém
Que aos oitenta e oito anos de idade
Te leva para passear
De mãos dadas pela cidade
Que mesmo com os cabelos brancos
Te convida para dançar
Sem com o olhar de alguém
Que de longe te olha se preocupar
Case-se com alguém
Que te abraça nas noites frias
E te esquenta amorosamente
Alguém que faz parte das suas lágrimas e alegrias
Case-se com alguém
Que passeia com você pelo shopping center
Mas que também anda pela praça
Mesmo na simplicidade sem dinheiro ter
Case-se com alguém
Que se algum dia precisar empurrar
Uma cadeira de rodas te levando
Não desistirá de com você estar
Case-se com alguém
Que vai sorrir contigo na juventude
Mas também te acompanhará
Com toda a plenitude
Case-se com alguém
Que disposto a te amar
Mesmo que algum dia
Chegue o momento de ao teu lado chorar.
Poema inspirado
Na cena que esta semana presenciei
Quando vi aqueles velhinhos de mãos dadas
Eu confesso que não me hesitei.
E escrevi estes versos
E aquela cena registrei
Num poema que a eles
Nestas estrofes dediquei.
Cenas vistas no pão de açúcar, um casal com aproximadamente oitenta anos de idade indo no restaurante, e a segunda cena foi no hospital onde eu fui no dia seguinte para uma consulta, um casal de terceira idade a mulher empurrando a cadeira de rodas do esposo.
Não tinha como não registrar este poema para eles, que não sabem mas viraram poesia.