Case-se com alguém que...

Case-se com alguém que...

Case-se com alguém

Que aos oitenta e oito anos de idade

Te leva para passear

De mãos dadas pela cidade

Que mesmo com os cabelos brancos

Te convida para dançar

Sem com o olhar de alguém

Que de longe te olha se preocupar

Case-se com alguém

Que te abraça nas noites frias

E te esquenta amorosamente

Alguém que faz parte das suas lágrimas e alegrias

Case-se com alguém

Que passeia com você pelo shopping center

Mas que também anda pela praça

Mesmo na simplicidade sem dinheiro ter

Case-se com alguém

Que se algum dia precisar empurrar

Uma cadeira de rodas te levando

Não desistirá de com você estar

Case-se com alguém

Que vai sorrir contigo na juventude

Mas também te acompanhará

Com toda a plenitude

Case-se com alguém

Que disposto a te amar

Mesmo que algum dia

Chegue o momento de ao teu lado chorar.

Poema inspirado

Na cena que esta semana presenciei

Quando vi aqueles velhinhos de mãos dadas

Eu confesso que não me hesitei.

E escrevi estes versos

E aquela cena registrei

Num poema que a eles

Nestas estrofes dediquei.

Cenas vistas no pão de açúcar, um casal com aproximadamente oitenta anos de idade indo no restaurante, e a segunda cena foi no hospital onde eu fui no dia seguinte para uma consulta, um casal de terceira idade a mulher empurrando a cadeira de rodas do esposo.

Não tinha como não registrar este poema para eles, que não sabem mas viraram poesia.