Senhor, dai-me sempre a lucidez necessária para apreciar a beleza da mulher e, ao mesmo tempo, o juízo para apreciá-la à distância. Todavia, Senhor, em Vossa infinita misericórdia, concedei-me a graça de não morrer sem possuí-la.
Ao perdê-la, que eu não sinta culpa, acreditando que Vos ofendi com a minha oração, para que eu não me imponha maior penitência, porque bem sabeis que já é grande a penitência da perda.
E, em sendo minha para sempre, cuidai para que eu não a possua com muita intensidade nos arroubos dos primeiros dias, para que ela não tenha como diminuir-me quando chegarem os fracassos, tampouco achacar-me com silenciosas comparações.
Mas se nada disso estiver em Vossos desígnios, Senhor, então Vos imploro: concedei-me apenas a graça do primeiro parágrafo e recolhei-me para Vós logo depois, antes que os parágrafos seguintes se concretizem.
Porque Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
Amém!
São Paulo, 07 de dezembro de 2013 – 21:06h