Na afável lentidão deste acalento, sobrevoa a borboleta mística, num alento desse Além.
O Jardim das divinas moradas é o coração espiritual do Eu-do-Universo, sua viva eternidade é como é a ser o que é, que o tempo é inexistente tormento, o ar que não tem vento.
O fim transcendido pelo Início, que por si só se desagua pelas curvas em flores, pelas trajetórias interiores, pelas lagoas do UM dos maiores senhores.
A Harmonia em seu cantar
Nas alturas de Seu Altar,
A Si Própria assim revelar
Sendo o Ser o Próprio Lar.
Celeste Presença a dizer
Que O Infinito Eu é Você
Aqui estando tudo a ter
A Colheita dá-se a colher.
Colher de sua Origem aqui
Na Essência sempre a sorrir
Pela Bondade desse por-vir
Sou Sentimento que me senti.
A Luz no fluir de um teor
É a Paz de mundo superior
O Segredo num puro calor
Realidade do Todo-Amor.
Deixa-me merecedor de adormecer tranquilo no Silêncio de Sua Eterna Canção, cuja Mensagem tem o poder sublime, aquele de percorrer todos os mundos, dimensões galácticas destas finas existências...
Que eu possa refletir com perfeição e profundeza, a Imagem, a Semelhança, de vós ó VIDA!
Ó Vida de todo êxtase.
Ó Vida de completa integração na Sagrada Unidade.
Ó Vida de Maravilhosa Contemplação, contemplando a Si Própria através de seus filhos!
Verdadeira Maravilha!
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