Guarda-me na luz tua tão divina, Anjo que no peito ainda e sempre chamo Nas horas difíceis imersa em neblina, Nos fulgores acesos de efémero bálsamo.
Anjo que em dor ainda e sempre chamo Quando o sol de Inverno me beija na fronte Ungida das lágrimas que por ti derramo E tu purificas na luz de que és fonte.
Quando a saudade fria me beija na fronte Poisa-me na alma o teu toque ainda, Como nuvens rosa aflorando o horizonte Perfumando a brisa de uma paz infinda...
Poisa-me na alma o teu toque breve Em bondade de anjo que me enche de luz, Talvez sejam asas, branquinhas de neve A elevar-me o peso da tão minha cruz!
Filha minha e sempre, que me enches de luz, Meu Anjo da Guarda que de noite e dia Meus incertos passos apoia e conduz... Fica eternamente em minha companhia...