Guarda o que tens para que ninguém tome a tuacoroa

GUARDA BEM O QUE TENS!

Numa das mensagens dirigida aos anjos (pastores) das sete igrejas citadas no livro do Apocalipse, diz o Anjo do Senhor (Jesus) ao anjo da Igreja de Filadélfia: “Guarda bem o que tens para que ninguém tome a tua coroa”. Ap, 3:11. Há tal possibilidade? Vejamos:

Na visão dada a João, relativa aos acontecimentos finais tanto da igreja quanto do mundo, lhe foi mostrado sete castiçais de ouro e sete estrelas; estas na destra (mão direita) de Jesus. Ap. 1:12. Também lhe foi dito pelo Senhor o significado delas. Os castiçais significam as sete igrejas, e, as sete estrelas, os sete anjos das igrejas. V. 20.

E a cada um desses anjos (pastores) foi dirigida uma mensagem. Sobre as mensagens e os seus significados, discorremos em outro artigo que escrevemos e nomeamos “A Universal Igreja de Deus”. Neste queremos nos ater ao tema proposto, o que faremos, a menos que haja necessidade de fazer alguma colocação paralela para ajudar o leitor a melhor compreender.

Como buscamos evidenciar no trabalho que compomos com o título “O Anjo do Senhor”, Jesus é a pessoa física de Deus, enquanto que Cristo é a Palavra ou a representação jurídica de Deus. Assim como João, o batista, tinha esse adjetivo por ser o batizador, Jesus leva o adjetivo “O Cristo”, que significa “A Palavra de Deus”. Assim, o início do capítulo primeiro do livro de Apocalipse necessita ser revisto para “Revelação de Jesus, o Cristo...” Ap. 1:1, p. parte.

Entre aqueles que evidenciam os significados sobre as igrejas ali mencionadas, não há unanimidade. Uns atribuem significado que não corresponde ao que entendemos ser correto. É que alguns dizem que as sete igrejas existiram em sete períodos de tempo. Também há entidade religiosa que reivindica para si o título de “Igreja de Laodiceia”, por ser a última a quem é dirigida uma mensagem pelo Anjo do Senhor, “se achando” a última igreja de Deus na terra, apesar de todos os atributos negativos manifestos na carta que lhe é dirigida. Entre esses atributos, os de ser morno, desgraçado, miserável, pobre, cego e nu. Ap. 3:16 e 17.

No meu entender, a igreja da atualidade que reivindica para si o título de “Igreja de Laodiceia” o faz em verdade. Porque quem isso faz se considera rico materialmente, embora seja pobre espiritualmente. Nesse caso é bem apropriado os demais atributos que do tal são manifestos e enumerados na carta que lhe é dirigida.

Voltemos ao tema principal.

Deus tem prometido três coroas aos que O amam. São elas: de justiça (II Tm. 4:8), de glória (Tg. 1:12), e de vida eterna (Ap. 2:10). E quem ama a Ele, segundo o que consta nas Escrituras, são os guardadores dos seus mandamentos, o decálogo. Este dado como a base constitucional do seu povo. Êx. 20:1 a 17.

Mas como na carta fala em coroa no singular, então é porque também o salvo terá uma.

Há um conceito no meio do povo evangélico que, depois do resgate do pecador, este, uma vez salvo, eternamente salvo. Se assim fosse o Senhor não diria: “Ao que vencer dar-lhe-ei comer do maná escondido.” Ap. 2:17, ou “guarda bem o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. Por quê?

Porque Deus tem um número para os salvos, ou seja, dos que haverão de alcançar vida eterna. Consequentemente um número de coroas para os tais. Então não haverá sobra de coroas. Quem alcançou, alcançou. Então zele por ela, para que, vacilando, não a perca para outro. Pois, se perder o tempo da graça, não haverá outra chance.