Glória a Deus nas alturas, e paz na terra

Jesus é nomeado de “o príncipe da paz”. Apesar disso, quando ele aqui esteve convivendo entre os humanos, e principalmente com os que se tinham como seu povo, os judeus da palestina, ele disse que ele não veio trazer paz à terra, mas espada, e colocar em dissensão os membros das famílias. Como entender isso? Vejamos:

Já falamos um pouco sobre o tema no trabalho que intitulamos “O caminho da paz”. Mas vamos enfatiza-la em outro aspecto.

Na mensagem dada aos pastores que apascentavam os seus rebanhos, quando foi trazida a nova do nascimento do salvador Jesus, foi dito por um anjo, que lhes trazia novas de grande alegria. A seguir apareceu junto ao anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens boa vontade.” Lc. 2:8-14.

Observemos que a paz desejada pela corte celestial foi direcionada “aos homens de boa vontade”. Por quê? Não era possível estender esse desejo a todos os homens? Não. Porque nem todos tem boa vontade para ter paz. Aliás, o Espírito Santo revelou pelo apóstolo Paulo que, entre outras coisas, os homens seriam irreconciliáveis. Como assim? Disse Jesus, “Se o teu irmão pecar contra ti, e vier a ti dizendo: arrependo-me, perdoa-lhe”. Lc. 17:3. Mas, pode acontecer de o irmão que se considerou ofendido não querer perdoar. Nesse caso este estará na seguinte condição: “Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está no céu, não vos perdoará as vossas ofensas”. Mc. 11:26. E nem a oferta do ofendido não perdoador será aceita, veja: “Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e ai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário enquanto estás a caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão.” Mt. 5:23 a 25.

Então o perdão é condicional, pois, como eu já falei no texto que escrevi e intitulei de “Perdão incondicional, nunca”, nem Deus perdoa incondicionalmente.

Entendo que esse é um dos motivos porquê existem as guerras, porque além de se esgotar a possibilidade de diálogo, não existe boa vontade para isso.

Entre as famílias de hoje existe muito conflito devido as pessoas não perdoarem, não renunciarem o seu eu, não condescenderem, não se humilharem, mesmo quando uma das partes se esforça para alcançar paz, se apaziguando com a outra parte.

Mas o problema fica com o que não perdoa. Ninguém pode obrigar o outro a perdoar, mas o que pede perdão fica isento de culpa. Pois, os humilhados serão exaltados.

Portanto, buscai paz com todos, e amai-vos uns aos outros, porque o amor é de Deus, e quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.

Oli Prestes

Missionário