COMO OUVIRÃO SE NÃO HÁ QUEM PREGUE?
Esse texto, que intitula esse breve artigo, foi tomado de uma epístola do apóstolo Paulo, que, escrevendo para os crentes de Roma, pergunta “como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? Rm. 10:14.
Nada obstante a quantidade de entidades religiosas e evangélicas que há no globo terrestre, raras anunciam o evangelho bíblico. Aliás, algumas até o contradizem ou o negam, pois não creem nele. Outras há que preferem uma mensagem light, tipo água com açúcar ou água morna, a fim de não espantar aqueles que eles querem atrair para os seus meios.
Jesus mandou anunciar o evangelho. E disse que quem crer e for batizado será salvo; mas que quem não crer será condenado. Ora, como já temos repetido em nossos textos, já que ele mandou pregar o evangelho, logo quem crer tem que crer no evangelho. Mas, um sem número de pretensos servos de Deus, repetem, qual papagaio, aquilo que os seus líderes lhes ditam e que retém de memória. Entre essas mensagens, que é necessário e suficiente crer em Jesus para a salvação.
Assim, vão sendo enganados por aqueles que, como eles, foram também enganados pelo arque inimigo do homem.
Mesmo aqueles que já alcançaram entendimento sobre o tema, estão na condição da parábola das bodas, da qual disse Jesus, “ocupados com as coisas temporais ou terrenas, como: propriedades, bois, casamento”; também como a terceira figura da parábola do semeador, cuja semente caiu entre espinhos, nasceu e deu fruto, mas imperfeito, por causa da sedução das riquezas e as outras coisas desta vida.
Muitos estão enchendo os templos como filiados às entidades religiosas, mas poucos estão engajados e cônscios dos seus deveres como cristãos e interessados em cumprir o IDE proposto por Jesus.
Mesmo alguns que estão indo de casa em casa, pretendendo levar a mensagem de salvação, não cumprem a ordem de Jesus, devido não levarem o verdadeiro evangelho, mas um outro evangelho. Entre eles há os que têm a petulância de apresentar mesmo “um outro evangelho”, que não o proposto por Jesus. Outros, que tomam um dos nomes de Deus, como Jeová, e fazem disso um cavalo de batalha, pretendendo com isso e somente isso, levar a Deus aqueles a quem falam que é preciso fazer conhecido o nome de Deus, como se conhecer um nome designativo dele fosse conhecer o seu nome ou conhece-lo.
Certamente que até as virgens tidas como sábias também já adormeceram e não estão percebendo que o noivo está às portas, e que urge levar a mensagem da salvação ou o verdadeiro evangelho, a fim de livrar as almas destinadas ao fogo eterno.
E as desculpas são muitas, como: casa, filhos, obrigações para com outros homens, estudo secular, projetos os mais diversos, seja no âmbito religioso, seja no secular. No religioso há os de creche, adoções, escolas, danças, palestras para casais, encontros tidos como de Deus, etc. No secular, também de ensino secular, de assistência hospitalar, capelania, casa de repouso, casa de recuperação, etc. Mas sem o ensino metódico e sistematizado do evangelho e da prática cristã.
Isso me tem preocupado e absorvido parte dos meus pensamentos diariamente. Pois eu me tenho ocupado por quase vinte anos em mostrar que o verdadeiro evangelho não tem nada a ver com as mensagens superficiais, as quais não podem curar a ferida do povo de Deus, nem libertá-lo para uma nova vida. Não há poder nem virtude naqueles que se têm como emissários do rei ou arautos do reino. E as enfermidades não são debeladas e o nome de Jesus não é glorificado e enaltecido, mas, embora que seja usado como amuleto contra os males que acometem os homens, pouco ou nenhum efeito prático tem sido constatado.
Muitos são os que pensam que já conhecem a Jesus ou Deus, mas que estão distantes dele, por não conhecerem ou não praticarem a verdade, a qual é poderosa para libertar não só do pecado, mas da morte eterna. E, assim, continuam cativos do inimigo. Porque não podem crer, já que não tem quem pregue, ou porque as muitas mentiras que têm ouvido e repetidas inúmeras vezes por todos, enganou os seus corações incircuncisos.
As buscas de Deus consiste apenas nas idas aos templos. Os montes já não mais atrai nem aqueles que num passado recente os atraia. As orações nos templos são breves, em pé; pois os joelhos não suportam o peso dos corpos acima do peso. As vigílias foram esquecidas. A busca pelos dons espirituais, dos quais diz Paulo que deve ser buscado diligentemente, cessou. Cumpre-se a parábola das dez virgens.
A maioria pensa que as suas contribuições, como a devolução da parte devida a Deus, é suficiente ou é a sua parte para com Deus. Que o restante não depende dele. Esquece do que diz o Espírito por Paulo, que aquele que não quer trabalhar que também não coma. E ele não fala de trabalho secular, mas do IDE. Faz-se pesado aos demais, que tem que cumprir o IDE sós, retardando completar o número dos que haverão de ser salvos.
Um sem número quer fazer, mas não pode; porque o pecado nele não o deixa fazer. E, assim, fica nos relacionamentos inúteis, de mensagens de auto ajuda, ou de correntes, ou de fábulas judaicas e de velhas, que nenhum proveito espiritual propicia.
Se você não sabe pregar, pelo menos retransmita as mensagens doutrinárias que você tem lido e ouvido. Mesmo que alguém duvide ou lhe critique, faça a parte que lhe cabe, e deixe com o Espírito Santo a tarefa de convencimento. “Pois aquele que semeia com lágrimas, com alegria ceifará”. “O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.”. Provérbios 10:5.
Oriximiná-PA, 19/08/2016
Oli Prestes
Missionário
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