Aqui ensaio o que sinto, embora tal sentimento deva ser universal.
Somos eternos personagens em nós!
Nesse mundo, vestimos a fantasia politicamente correta e desvestimo-nos das "essências".
Aliás um mundo no qual se descarta o essencial e se banaliza a existência.
Temos que ser...mas não necessariamente existir.
Poucos toleram a autenticidade FALHA do existir, e então, parecem nos exigir que sejamos a fortaleza dos deuses.
-Nossa, você? Mas você está triste hoje? Não é possível! Com você não!
Até citarei novamente um poema de Pessoa que sempre me encantou, talvez por exaltar a condição humana dos meros humanos..."POEMA EM LINHA RETA", AONDE TENHO A IMPRESSÃO QUE PESSOA QUERIA EXISTIR E NÃO APENAS SER.E rasgou a toalha!
Então é bom que se pergunte: Mas aonde estão os seres assim...
de "gente" como todo mundo?
Ou melhor, aonde estão os que não tropeçam, os que não fracassam, os que não choram, os que não caem, os que não adoecem, os que não fenecem...os que não acabam?
Donde vieram e para onde estão indo todos esses personagens unipotentes que encontramos em cada esquina da vida?
Esses personagens piegas que se negam a mostrarem-se a si próprios?
Abaixo as máscaras!
Sei que todos somos miragens, daquilo que gostaríamos de ser, ou do que finjimos não ser.
E como tal, seguimos pelo mistério da vida, nas entranhas das sociedades doentes a cumprir o papel que nos cabe, sob a pena de não existir.
E antes que eu me esqueça...aqui eu posso abaixar a cortina, encerrar a cena e assumir ser eu.
Se estou triste?
Claro que não.Apenas feliz em existir...