LOUCO AMOR

Parece haver contradição nesse título, já que o amor é tido como um sentimento bom. Entretanto, vamos ver se ele é verdadeiro ainda que louco.

Para isso vamos recorrer ao livro dos livros, o qual além de definir o amor autêntico, também fala de outros que são reprováveis do ponto de vista divino, os quais se opõem ao verdadeiro e altruísta. O mesmo Deus que, através das revelações contidas nas Sagradas Escrituras, manda amar, também manda odiar, o que parece incoerência e até loucura. Vejamos!

Será que alguém por amar a algo ou alguém, mesmo que a sua mãe e a filhos e filhas e irmã, seria punido por Deus a eterno castigo com privação da vida eterna? É possível se levarmos em consideração o conceito estabelecido pelo próprio Deus.

Na ordem dada por Deus sobre amar, está colocada a forma ou o modo como isso deve ser feito. Pois diz um texto bíblico:

“Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. Dt. 6.5.

E isso foi ratificado por Jesus quando aqui esteve vivendo entre os homens e registrado nas Escrituras, veja:

“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento." Mc. 12.30.

“E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." Lc. 10.27.

Faz-se necessário dizer que o conceito humano de que o amor é um sentimento de querer bem não é correto. Se assim fosse, o amor de Deus para conosco não dependeria de nós, apenas dele. Mas um texto bíblico reproduzindo uma fala de Jesus, diz:

“Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Jo. 15.9.

E no texto seguinte Jesus esclarece como permanecer no seu amor, veja:

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.” Jo. 15:10.

Mas o conceito humano de amor é que o coração é a sede do amor. Tanto é assim, que o mundo usa um símbolo com a forma de um coração para representa-lo, apesar de Jesus ter dito que ele, o coração, é a sede da loucura, veja:

“Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” Mt. 15.19.

Como vimos até aqui, o conceito humano de amor não é correto nem original, mas contraditório e insano, pois contraria o conceito proposto por Deus, o qual exige que primeiro amemos a Ele, e, depois, ao próximo.

E um texto bíblico de uma fala de Jesus confirma a nossa tese, veja:

“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.” Mt. 10:37.

Deus já manifestou o verdadeiro conceito do amor; tanto do amor a Ele como do amor ao próximo. Veja:

“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.” I Jo. 5:3.

Apesar de o Espírito Santo dizer nesse texto que o amor de Deus consiste em obedecer aos mandamentos de Deus, e que eles não são pesados, ouvimos dizer que ninguém consegue guardar todos os mandamentos, e que só Jesus o fez totalmente. Nisso fazem a Deus mentiroso, apesar de mentiroso ser aquele que diz que conhece a Deus, mas não guarda os seus mandamentos, veja:

“Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.” I Jo. 2:4.

Mas será que Deus também manda não amar e até odiar? Vejamos:

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” I Jo. 2:15.

Não é contraditório alguém que amou o mundo dizer que não o amemos?

É mister que digamos que o mundo não é o globo terrestre, como parece ser conceito corrente entre os homens, mas duas classes de pessoas a saber: ímpios e pecadores.

E, segundo as sagradas Escrituras, os ímpios são os que mudam a verdade de Deus em mentira, veja:

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Rm 1:18 a 26.

Os textos que destacamos em negrito correspondem a mesma coisa. Tanto a glória de Deus quanto a verdade de Deus são definições de uma só coisa: a lei de Deus, o decálogo, a qual leva o nome de “A Verdade de Deus”, e tem como um dos seus adjetivos “A glória de Deus”. Sugerimos a leitura do nosso texto “A glória de Deus e a dos homens”, publicado em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2578989

E até em relação à família, quem amá-la mais do que a Deus contraria as suas regras, veja:

“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.” Mt. 10:37.

E por quê? Veja:

“Não cuideis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” Mt. 10:34 a 36.

Outros textos bíblicos mostram a vontade de Deus com relação a não amar e até odiar, veja:

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” I Jo. 2.15.

“Vós, que amais ao Senhor, odiai o mal.” Sl. 97:10.

“Odiai o mal, e amai o bem.” Am. 5:15.

O mal é um adjetivo do pecado, o qual é transgressão da lei de Deus; enquanto que "o bem" é um adjetivo da sua lei ou mandamento. Veja o nosso texto “O bem e o mal” publicado em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/560260

Mas, como explicar o texto no qual Deus manda amar o próximo como a nós mesmos? Observando o mandamento com relação ao próximo, no qual consta:

“Honra a teu pai e a tua mãe.

Não matarás.

Não adulterarás.

Não furtarás.

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” Êx. 20:12 a 17.

E para saber quem é o nosso próximo, sugerimos leitura do nosso texto “Amando o próximo querido", publicado em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3142624

Em “Amor de perdição II”, damos algumas definições que não queremos repetir aqui, pelo que sugerimos a sua leitura em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3778472

Hoje o amor alardeado pelo mundo ou mundanos é: relação sexual, desejo carnal, lascívia, posse, etc, os quais são conceituados por Deus como loucura. E o mundo diz de boca cheia, sorriso nos lábios e semblante impudico: “eu amo, eu adoro”. Isso porque agrada as suas carnes cheias de desejos insaciáveis.

Ame, mas não se esqueça: Salomão amou a mil mulheres, mas foi reprovado por isso, pois as mulheres estrangeiras as quais ele amou fizeram-no pecar. Pois ele, para agradá-las, cultuou os seus deuses, transgredindo o mandamento de Deus, que diz: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êx. 20:3.

Se alguém adora o seu filho, seu cônjuge, sua mãe, seu namorado(a), seu carro, seu cachorro, sua profissão, seu esporte, esses são os seus deuses.

Reflita enquanto é tempo e nunca mais diga que adora outra coisa que não a Deus, e guarde os mandamentos dele, pois eles são garantia de vida eterna, posto que a vida eterna. Jo. 12:50.

Oli Prestes

Missionário