Seria possível eliminar o mal? Que é ele? Que medidas adotou Deus no passado a fim de minimizar a ação do mal no meio do seu povo? Como ele será finalmente erradicado? Vejamos:
Segundo as sagradas escrituras, o mal é um adjetivo do pecado. O apóstolo Paulo refere-se a ele em sua epístola aos Romanos. E em certa parte ele diz que “se ao pretender fazer o bem ele não conseguia, mas o mal que ele gostaria de não fazer ele fizesse, já não era ele quem fazia, mas o pecado que por desventura habitasse nele.” Sobre o bem e o mal eu compus dois textos. Um em forma de artigo e outro em perguntas e respostas, os quais estão publicados em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/560260 e http://www.recantodasletras.com.br/resenhas/2174656, respectivamente.
Assim, eu não quero voltar a discorrer sobre isso e também pedir ao leitor que não se aborreça se faço apenas referência a eles, pois, para quem já sabe os seus significados, não é preciso que eu tenha que repeti-los. Mas, para quem não quiser conferir o link, devo dizer que “o bem” é um adjetivo da lei de Deus. Por isso, quando o Satanás usou uma serpente para enganar a primeira mulher, Eva, ele disse que o fruto proibido por Deus a eles daria conhecimento do bem e do mal. E isso aconteceu. Depois da transgressão de Eva, a qual também deu do fruto proibido ao seu marido, Adão, eles tiveram não só o conhecimento do mal, o pecado, como tiveram os seus olhos abertos para perceberem o que estava como que velado a eles, a saber, a nudez.
Quando Deus retirou o povo de Israel do Egito e o estabeleceu como o seu povo, devido a promessa que havia feito ao patriarca Abraão, ele deu-lhe leis, estatutos, preceitos, ordenanças, testemunhos e juízos. E, dentre as ordenanças, dadas por intermédio de Moisés, e nomeadas por Deus como “lei de Moisés”, foram determinadas punições que poderia ser a morte do infrator. Assim, se um filho fosse comilão, beberrão, brigão, e corrigido por seus pais não se submetesse as regras deles, que os próprios pais deveriam leva-lo aos anciãos do povo e o denunciasse. Que o tal fosse apedrejado para que morresse, a fim de eliminar “o mal” do meio do povo e servisse de exemplo aos demais. Isso foi abolido pelo fato de a nação não viver mais sob governo teocrático (governo de Deus) e não mais estar separada como ocorreu quando foi assentada nas terras de Canaã, a terra da promissão. Também porque hoje o povo de Deus além de não estar totalmente separado, pois vive entre os gentios, também está sujeito as leis dos países onde vivem, os quais tem leis, dentre as quais a de não matar sem que a causa seja examinada e julgada pelos juízes desses povos.
Outrossim, embora Deus, na pessoa do seu anjo, tenha dado a lei do apedrejamento para as mulheres apanhadas em adultério, quando ele aqui esteve vivendo entre os humanos descendentes do seu povo, ele cancelou essa lei, que era de ordenanças, mas disse para a mulher que lhe foi levada por um grupo de homens que pretendia apedrejá-la por ela ter sido apanhada em flagrante adultério, que ela não pecasse mais. Essa lei de ordenanças também foi abolida pelos mesmos motivos atrás mencionados. Mas isso não quer dizer que as que isso fizerem não serão mais apenadas, mas que o serão no tempo do grande juízo, quando o mal deverá ser erradicado completamente, inclusive com o extermínio dos que não se arrependeram e se não converteram no tempo dado por Deus para isso.
Há quem pense que ninguém mais deva ser apenado com a pena de morte, alegando para isso que só a Deus compete decidir entre viver e morrer. Mas examinando vários textos bíblicos vemos que o próprio Deus determinou a morte e eliminação de muitos povos e reis famosos devido as suas práticas consideradas abomináveis por Deus. Dentre elas, infanticídio, relações com parentes próximos, homossexualismo, relações com animais, etc. E disse que por causa dessa prática a terra estava vomitando aqueles povos para dar assento ao povo de Deus. Mas que o seu povo não devia fazer como aquelas nações.
Quando Deus determinou o dilúvio sobre a terra, ela já estava povoada. E ele pretendeu eliminar o mal eliminando os transgressores e reservando apenas uma família de um homem achado justo, Noé. Mas isso não resolveu. Porque a ordem dada por Deus voltou a ser violada. Por isso, após a erradicação do mal, o pecado, da terra, Deus também irá fazer uma nova criação, onde os homens não mais terão consciência do pecado e não mais aprenderão a guerrear. Mas para isso ele selecionará os que têm sede de justiça, os mansos, os puros, os retos, os quais serão chamados de bem-aventurados.
Portanto, seja justo como Deus é justo. E para isso saiba que o que pratica a justiça de Deus, os seus mandamentos, se torna justo como Ele, conforme I Jo. 3:7 e Sl. 119:172.
Oriximiná(PA), 31/07/2015
Por Oli Prestes
Missionário