Qual a sensação que um náufrago experimenta quando se encontra sobre águas e não tem em que se agarrar ou em que se apoiar? E quando alguém lhe atira algo e ele se esforça para se agarrar nisso e descobre que ele não lhe salvará, mas que o levará para o fundo?
Um amigo meu me contou que ele estava passando por uma grande dificuldade financeira, e um desconhecido se aproximou dele e começou um diálogo como se quisesse ajuda-lo. E ele ficou interessado em ouvir o que o outro lhe proporia como ajuda. E ficou sabendo que o negócio era droga. Então ele falou que embora a sua situação não fosse das melhores, ainda assim ele tinha liberdade. E que aquilo poderia lhe dar algum alívio por um tempo, mas que poderia tirar-lhe a liberdade, o que seria um desastre.
Jesus quando foi tentado por ocasião do jejum de quarenta dias e noites, o foi exatamente naquilo que ele precisava para o momento: pão.
Imagine se, sendo o criador de tudo, ele teria que aceitar uma proposta indecente de um inimigo? Após a prova pela qual passou, os anjos vieram e o serviram.
É preciso ser vigilante no momento de necessidade. Esta seria uma provação ou uma consequência por alguma falta? Ou seja, Deus estaria provando ou se ausentado por algum delito? Às vezes passamos por provas a ponto de querer abdicar da vida, como Elias por ocasião da perseguição movida por Jezabel, esposa de Acabe, rei de Israel. Há provas tão severas, que perdemos a esperança de sair dela incólume. Pois o justo é provado com fogo como ouro. Então é necessário lembrar do salmo que diz: “Elevo meus olhos para o alto; de onde me virá o socorro. Meu socorro vem do Senhor...”.
“Quem confia no Senhor é como o monte Sião, que não se abala, mas permanece firme para sempre.” “Nem uma angústia vem sobre o justo; mas os ímpios ficam cheios de males”.
Devemos nos acautelar nos vendavais que nos sobrevém, e atentar para as ofertas que se nos fazem quando em necessidade. “Nem tudo que reluz é ouro", dizia a que foi minha genitora. E por mais que seja, é mal colocar a confiança nele.
“Bem-aventurado o que confia no Senhor, cuja esperança está nele”. Porque “é melhor confiar no Senhor do que confiar no homem”. “É melhor confiar no Senhor do que confiar nos príncipes”. Sl.118:8 e 9.