O gigante vencido
No hino nacional do Brasil há um verso que, referindo-se a ele, diz: “gigante pela própria natureza”. E realmente o Brasil é grande como um gigante, mas tem se apequenado diante de outros gigantes em forças sutis de pequenas nações possuidoras de grande força dominante.
Num passado remoto o Brasil foi dominado pela força opressora de uma pequena nação, por causa da sua condição de gigante adormecido. Portugal, que o “descobriu”, já era uma nação formada e tinha aprendido com as demais prostitutas a explorar os povos primitivos, carreando para a sua corte as coisas tidas como valiosas do gigante infantil.
Assim, levou madeira, ouro, prata, pedras preciosas, etc, submetendo o gigante a trabalhos forçados e à escravidão dos seus filhos.
Alguns que pretenderam se rebelar contra a dominação da velha rameira foram mortos e esquartejados ou degredados, a fim de servir de exemplo para outros que pretendessem se sublevar contra ela.
Mas, contra a vontade dela, o gigante cresceu mesmo adormecido. E já não era possível dominá-lo pela força física. Assim, para vence-lo e ou dominá-lo, se fazia necessário usar de estratégia e subtileza. E isso foi feito. Do mesmo modo como uma prostituta derruba um homem forte se valendo da sua fraqueza de carácter, assim as velhas rameiras européias levam o gigante Brasil aos seus leitos de amores, por causa daquilo que elas ensinaram ao gigante a gostar e amar, o esporte inventado pelos seus primeiros colonizadores exploradores, Grécia e Roma.
E o gigante, inebriado com aquilo que qual bebida forte lhe entorpece, se entregou aos deleites com ela. E os seus filhos preparam-lhe a mesa do banquete e a cama de amores para os deleites da carne.
É isso o que se vê nos dias atuais com as Olimpíadas do Rio de Janeiro. E o acontecimento é de tal modo embriagante, que, mesmo alguns que estavam manifestando alguma lucidez e se opondo a ele, acabaram sucumbindo aos encantos das luzes, qual mariposa.
Como o ser humano é suscetível a coisas bobas. Enquanto o país gigante sofre por e com falta de saúde, educação, segurança, saneamento básico, estradas, portos, etc, ao mesmo tempo se embriaga com a taça de bebida das velhas rameiras, se deixando vencer por sua fraqueza e luxuria.
E, assim, acaba cedendo a filosofia barata de uma mente primerva: “Se não podes vencer a um inimigo, alia-te a ele. Lamentável.
Oriximiná -PA, 08/08/2016
Oli Prestes
Missionário
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