Os Mandamentos de Deus, dados inicialmente das nuvens na forma oral para o povo de Israel, e pelo próprio Deus, foram a base legislativa para a nação israelita. Eles foram dados pelo próprio legislador, que as publicou de forma magnifica perante a face do povo, e depois as gravou em pedra com seu próprio dedo, dedo de Deus, na pessoa de Jesus, que é o “Anjo do Senhor”, ou “a personificação de Deus”.
Esses Mandamentos, também chamados de “A Lei do Senhor”, são perfeitos, e por isso são chamados pelo salmista de “Lei Perfeita”. Sl. 19:7.
Iniciou Deus dizendo:
Eu Sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Êx. 20:2.
Não terás outros deuses diante de mim. Versículo três.
E por que?
Porque só o Senhor é Deus. Não existe outro Deus além dEle. Ele fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há.
Diz o salmista, inspiradamente: “os céus são obra das tuas mãos”. Não que o Senhor tenha pegado os céus para os fazer. Isso quer dizer que eles foram feitos à ordem de Jesus, o Verbo de Deus, em quem habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é o dedo de Deus, a mão de Deus, etc.
O salmo 24 fala de quem é terra e os que nela habitam, e diz a razão disso, veja:
Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque Ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios. Sl. 24:1 e 2.
E por que haveríamos de ter outro deus se não existe deus além do Senhor? Mas as nações que não conhecem a Deus fazem deuses para si. E por isso diz a Escritura: Mas os ídolos das nações são ouro e prata, obra da mão dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, e não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem, nem há respiro algum nas suas bocas. Sl. 135:15-17. E diz mais: Mas o nosso Deus está nos céus, e faz tudo o que lhe apraz. E concita o seu povo a bendizer e confiar no Senhor.
No passado, antes de os homens fazerem figuras de outros homens tidos como modelo e exemplo, por bom caráter atribuído a eles, os homens faziam figuras do sol, da lua e das estrelas, e até de animais, e se prostravam diante dele.
Nada obstante o avanço do conhecimento, ainda hoje os homens prestam culto aos astros, e isso de vários modos. Não só os povos bárbaros, mas até pessoas de relativo saber também o fazem. E isso devido a cegueira espiritual que campeia no mundo. Até seres animados, alimárias, são tomados como deuses. É o caso da vaca, considerada sagrada na Índia. Isso é uma prática antiga, que teve início no Egito antigo, segundo as Escrituras, cujo povo era idólatra, nada obstante o seu desenvolvimento cultural.
Outro povo supersticioso e próspero foi o povo do reino da Babilônia. Apesar do desenvolvimento daquele povo, eles faziam prognósticos com base na observação dos astros.
Como vimos, o conhecimento das ciências não capacita o homem a ser conhecedor dos mistérios espirituais, e, pelo contrário, até o leva a ser insensato, pois ele se exalta, se torna orgulhoso e cego para as coisas espirituais, que são dadas a conhecer aos humildes de espírito.
E quando falamos em humildade, citamos como exemplo Daniel, no reinado da Babilônia. De origem Hebréia, exilado cativo naquele reino, mas de grande nobreza de caráter e temor a Deus, que o fez até ser adorado por um rei: Belsazar. Dn. 5:29.
Nas escrituras Deus chama os deuses das nações de vultos inertes, abominação, obra da mão dos homens. Eles, os ídolos, são resultados da vaidade dos homens. Estes chegam a fazer seus ídolos de ouro e prata, como se isso pudesse dar alguma virtude às imagens.
Quando Deus publicou a Sua Lei para o Seu povo no deserto do Sinai Ele o fez diretamente das nuvens na forma oral e disse:
Não terás outros deuses diante de mim. Êx. 20:3.
Nada obstante muitos dizerem que há um só Deus, ainda assim os mesmos que isso afirmam fazem deuses para si.
Um deus pode ser algo que a pessoa sirva com devoção. E pode ser um filho, uma profissão, um esporte, um animal, etc. Diz o apóstolo Paulo que “de quem se é vencido desse nos tornamos servos”. Assim, se alguém é vencido por uma paixão ou de um vício, desse ele se torna servo, e a coisa vencedora Senhor e, conseqüentemente, deus. Nesse caso é possível que uma pessoa que condene os ídolos de fundição, tenha devoção por outras coisas. Muitos fazem de pessoas, como filhos e cônjuges, seus ídolos. Por isso disse Jesus: Aquele que amar mais o pai ou a mãe do que a mim, não é digno de mim. Mt. 10:37.
Há quem diga que o maior amor que existe é o amor de mãe. Pois eu diria que esse é um sentimento humano, carnal, e escravizador.
Deus, que conhece tudo, determina:
Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu poder. Dt. 6:5. Mas quantos deixam de servir a um filho para servirem a Deus? Poucos! Quem deixa de conceder algo para um filho para entregar a parte que pertence a Deus? Os tementes!
Alguém pode até dizer que isso é egoísmo de Deus. Mas consideremos:
Deus é o autor da vida, e aquele que provê as nossas necessidades; coroa-nos de honra; que enche a nossa alma de bens e nos dá riquezas; que se fecha os céus, não chove; e se determina seja o que for, acontece; que dá o espírito ao homem e também o tira. E por que haveríamos de preteri-LO por qualquer outra coisa? Se ele determinar o fim da vida de um filho, não há riquezas que possam lhe restituir a vida, pois ninguém pode reter o espírito (fôlego de vida) no dia da morte. Ec. 8:8.