A Lei de Deus tem vários adjetivos. Dentre eles, temos: “Lei Perfeita”, “Lei Real” e “Lei da Liberdade”.
Nada obstante nós vivermos num país de regime democrático (governo escolhido pelo povo), nós estamos sujeitos às leis impostas pelo governo que nós mesmos constituímos. Não se deve confundir liberdade com libertinagem.
Deus nos libertou do pecado, a fim de sermos servos da justiça. Não pode haver justiça sem lei. Pois esta é regra necessária ao bom andamento das coisas.
Em tudo que Deus criou nós vemos que foram impostas leis para regerem os seus comportamentos. Desde as primeiras coisas criadas foi manifesta essa determinação do criador.
Assim, o sol, a luz, as estrelas; o dia e a noite; os mares e os rios; os animais e os vegetais; tudo tem a sua lei. Até a voz dos animais “a onomatopéia” tem a sua lei. Vemos que cada um dos animais tem a sua voz própria. E até as exceções cumprem uma determinação do criador, ainda que aqueles que não entendam tomem isso como argumento para suas especulações fantasiosas, negando a ação de Deus.
O homem não fugiu à regra. Seu organismo obedece, como de todos os seres vivos, regras de procedimento que, quando alteradas, resultam em desvios comprometedores do sistema de alguma forma.
Ao se desviar o homem das leis impostas pelo seu criador, tornar-se perverso; seu comportamento é alterado, o que resulta em danos para si. Assim, caso o homem não obedeça a lei da alimentação, a sua personalidade sofrerá desvio, e seus pensamentos serão alterados. A prova disso está nas escrituras que falam isso em Isaías 66:17-18. A própria ciência tem dado testemunho disso, quando diz que aquele que se alimenta de muita carne vem a ser semelhante a animais, cuja mente é bruta e sem domínio. Não é por isso que diz o apóstolo Paulo que “a carne inclina para a carne”?
Sabemos pelas Escrituras que Jesus é o “Rei”. E que, sendo Ele Deus, é o nosso legislador. Assim a “Lei Real” da qual nos fala o apóstolo Tiago, é a Lei dos Dez Mandamentos. Isso está claro e patente para os que bem entendem. E não é difícil para aqueles que investigam as Sagradas Escrituras, para buscar santificação, perfeição e incorrupção. Pois ao falar da “Lei Real, o apóstolo cita a parte da lei que trata do amor ao próximo. E a prova de que refere-se à Lei dos “Dez Mandamentos”, está no verso 11 do capítulo 2 da sua epístola, onde diz: Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometes adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos gálatas, assim se expressou: “Estai pois firmes na liberdade com Cristo vos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.” Gl. 5:1-4.
Não é difícil entender que o apóstolo está falando de uma lei que não a de Deus, pois a lei de Deus não trata de circuncisão.
Adiante ele fala: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne. E no verso quinze ele acrescenta: Se vós, porém vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também um aos outros.” Gl. 5:15.
E adiante ele fala quais são as obras da carne, veja:
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas.” Gl. 5:19-21.
“Mas o fruto do Espírito é: amor (ou caridade, que significa a guarda dos mandamentos), gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros.” Gl. 5:22-26.
Entendemos que nessa citação o apóstolo está tratando da lei da Liberdade, do Espírito de Vida, a Lei de Deus (de Jesus), em oposição à Lei do pecado, que são segundo as obras da carne. E fala particularmente do amor fraternal de uns para com os outros entre os irmãos cristãos. Pois ele diz: “Se vós, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais uns aos outros.” Gl. 5:15.
O apóstolo Tiago é enfático quando diz: “Aquele, porém, que atenta bem para a Lei Perfeita, da Liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem aventurado no seu feito.” Tiago 1:25.