Sento-me, a noite envolve-me, a luz eléctrica dum candeeiro cria um circulo, melhor dizer, um espaço, ilumina o PC, as mãos escrevem sobre o teclado, estou pronto para redigir: agir na Rede, escrevendo. Os dedos procuram, sobre as letras, encontrar o caminho para atravessar o curso da água corrente do texto. Há um mar, mais próximo ou mais longe, onde o amor à escrita dita o que procuro. Saberei, passando para o outro lado, fazendo a leitura onde procuro o que digo, descobrir. Interrogo a Língua, o som das palavras, esse eco capaz de orientar como um sonar: sonhar o sentido do dizer e dizê-lo escrevendo, ouvindo, vendo o que creio do que sou: es_cre_vendo... Assim me torno no ponto de partida e de chegada, embarco e desembarco na narração, faço a travessia do texto. Deixo-o breve, apenas um parágrafo.
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