O silencio que anuncia sua presença, fustiga a alma, abrevia o horizonte de quem sonha, tornando incertos os sonhos de uma vida na iminente tempestade que turvará os dias até que entre os retalhos no limiar do sofrimento, surja o milagre de um pequeno raio de luz...
Em que eras terá surgido esta sombra abreviadora de vidas, ceifadora de felicidade, aniquiladora da esperança, subjugadora em algumas vezes, e em outras extintora da fé.
Herdarão seus traços os predestinados de quais desígnios?
Acometem suas manchas todos os ciclos da vida, e desde a mais tenra idade até a mais avançada das existências, visitará sua sinistra face quem os tiver que aguardar para com ele ter este colóquio de vida e padecer...
Nenhuma dor é mais incisiva, nenhuma presença tão marcante, nada trará mais doloridas lágrimas que o seu nefasto pousar sobre os dias de um ser humano... Roga-se uma divina luz, o extremo da sabedoria humana, prostra-se no labirinto do sofrimento, e alheio a um olhar de carinho, do perfume de uma flor, no íntimo de si, envolve-se na dor que corrói a alma, e pede-se unicamente, Paz...