No divagar de alguém que repousa num fim de tarde, os outonos despertam a nostalgia, relatos dos anos adormecidos em carícias e brisas no rubro das folhas de caquizeiros colorindo a vizinha lembrança. Poesias que a aurora dos dias traz e leva tal um carrossel com as cores que marcam a existência.
Os outonos são assim, ternos, como o silêncio aveludado de um por do sol, o crepúsculo das estações, que orbita nossa vida como a fronteira entre o sol do verão e a enluarada noite do inverno.
Quem dera fosse a legendária araucária pousada, soberana e bela, que tantos outonos viu com seus majestosos olhos de eternidade, quem dera versos fosse, para delinear teus encantos, eternizando teus momentos quais as lembranças em algum divagar ao entardecer!