NÃO LEIA!

NÃO LEIA!

Não quero que leia meus versos

nem as poucas e sofríveis prosas

Não quero que ouça meus áudios

nem as pausas das reticências

Não quero que perca tempo comigo

nem com meus sentimentos

Não quero que visite minha escrivaninha

nem que vasculhe meu perfil

Não quero, pois,

que me leia

que me ouça

que me busque

me visite

e me vasculhe

a não ser que esteja realmente interessado em descobrir-me...

Porque estou e sou

o que escrevo

o que digo

o que oferto

o que recebo

o que guardo

e — PRINCIPALMENTE — o que sinto!

Pirapora-MG, 13 de junho de 2007 (18h05)