À Primeira Pessoa da Trindade Santa,
Pelo Filho chamado Aba,
Todo o meu louvor e adoração;
Ao meu pai da terra,
Doce e amaro,
Bom e severo,
Ao meu pai que, entre tantas amáveis coisas,
Ensinou-me o gosto e respeito pela natureza,
Todo o meu amor e gratidão;
Ao pai dos meus filhos,
Não por acaso, mas pela Providência
A mim arranjado;
Aos meus filhos e todos os jovens,
Pais em potencial;
Ao meu irmão, tios, cunhados,
Sobrinhos, afilhados,
Compadres, amigos,
Benditos sejam em sua paternidade;
Aos pais que não foram;
Aos pais que partiram
Deixando saudades;
Aos pais que nem constam de magoadas certidões;
Aos pais lembrados na doença
Por causa de cobiçada herança;
Aos pais humildes
Ou de muitas posses e poses,
Fazedores da História
Ou ignorados por ela;
Pais legítimos, adotivos,
Substitutos, postiços,espirituais,
Todos tão verdadeiros,
Em suas intenções;
Pais tranqueiras,mas pais;
Pais muitos, pais tantos,
Cravos vermelhos, se vivos,
Cravos brancos, se mortos,
Mas todos, sem exceção;
A todos o meu mais terno pensamento
E a presente reflexão.