Deus! Peço-te o teu perdão! Por alguns instantes agi mal. Por ignorar a tua essência! Por questionar a tua existência Foi por minha crise louca de existencialismo.
Perdão! Pelos meus dias que eu me via só! Pelos dias em que havia 'pó'!
Perdão por escrever o teu nome Num muro rabiscado; sujo.
Perdão por dizer que não queria mais a preciosidade da coroa. A real. O teu invisível... Pela palavra tola Perdoai-me!
Peço-te perdão Por um dia eu achar tão estranho O terceiro céu de São João. Pela embriagues em serão
Perdão por eu me viciar nos meus remédios de sempre Perdão pelas minhas exageradas intoxicações; internações Pelas perdas de tempo tornando tudo isso em vão. Uma vida vã!
Perdão ó Deus! Por xingar aquele psiquiatra de bobalhão Por ludibriar os meus analistas chatos de plantão.
Perdão... Misericórdia eu te peço. Perdão por tudo que não me lembro mais Eu almejo o teu perdão a tua graça. Perdão ó pai! Perdão!
II
Peço-te perdão ó amor meu! Por ter feito comer do ‘ pão que o diabo amassou’! Por a deixar passar ‘noites em claros’ Por ter feito a chorar demasiadamente Por eu não estar tido ao teu lado Não a ter oferecido aqueles meus abraços apertados... Aqueles beijos sempre gostosos
Perdão! Por muitas daquelas noites em que eu passei mal... Perdi os sentidos perto das nossas crianças Foi por eu estar ‘entupido’ de álcool E de meia dúzia de ‘ lexotan’ ... Foi mal mesmo e foi do jeito que o espírito invisível e iníquo queria Mas, estou aqui... Graças a Deus! Viva! Vivo...
Peço o amor e o perdão aos dois Perdão meu bom Deus e a você oh meu amor! Perdão!
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