Amor! A morte sonda a minha alma

Amor! A morte sonda a minha alma


Amor!
Parece-me que vai cair uma chuva forte
Pois ouça, trovões estrondosos em ação...
Pela vidraça se vê a escuridão ser cortada por inúmeros clarões de
raios
Cairá a chuva sob tantas casas bonitas sob aquela mansão mal vista
Caindo a está e carregada acompanhada de uma ventania

Amor! Escute-me!
Há dias me vem batendo a porta
A oferecer o aperitivo absinto
Ela ri por saber do meu fígado;
Cansado, mal-amado, abatido:
Amor! A minha alma chora
Não quero a ter perambulando e perdida
Amada! Eu pressinto o aviso mais uma vez.
A da amarga angústia aos poucos me possuindo
Noites essas que me vem remoendo tirando me o sono,
Ao teu e sinto mais entristecido
Por a ver em lágrimas por eu estar assim
Eu grito e atemorizada novamente fica, tenho medo do escuro;
Sai da cama e correndo acende as luzes
Volta para perto de mim e me beija em soluços
Do amor que tens por mim, por favor, não me abandone
Hei!Passou por aqui a dona numa vula.
Foi para sala e eu a noto nos observando
Sabes que a não vê meu bem! Eu sim!
A mão dela carrega a uma foice, noutra sempre o absinto
Seu capuz negro esconde a uma cara desprezível!
Seu riso frio, sua insistência me é terrível!
Amor! A morte sonda a minha alma 




                                               II



Deitai-me no teu colo com estilo e dos teus beijos úmidos,
Natural sem o forte etilo me beija os lábios
Encosta-se a mim os teus suntuosos seios,
Das tuas mãos aveludadas no aloe Vera cubra o meu corpo trêmulo
Dos seus cabelos perfumados os esparrama sobre a minha face
Abra os teus olhos e olhe para o lado que estás a porta!
- Vês algum copo com algo verde-pálida?
Não, amado não vejo nada!
Amor! A morte que sonda a minha alma foi embora!
Assim como a tempestade e os seus raios, assim adentram uma madrugada calma

Dê-me a xícara com o chá de hortelã que está encima da cômoda
O tomemos em seguida se vestimos e oremos ao pai-nosso pedindo que aumente
a flâmula
Dentro dessa minha alma que a tenho dó para que “o espírito de morte”
não a domine.
- Amor eu te amo!
Agora eu sinto uma paz mui amiga, sinto uma coragem, sinto a minha bílis
agradecida;
Temos o Deus, tenho você o teu amor, sinto um pequeno e leve sono...
Mas, antes te quero amar, quero penetrar todo o meu amor dentro da tua
vívida flor!
Eu te amo!


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Claudemir Lima - 12/02/2010