Oh amada minha! São inúmeras balas de metralhadoras beijando o céu azul De cima do mesmo céu e agora com uma coloração cinza e sem o sol Aqueles aviões caças lançam os seus mísseis Nossa! Foi de encontro à centena de belas casas que por hora não as mais são! Ouça! Gritos de pavor próximos o que delas restaram. Estão sobre os escombros! Que alívio! Os chegou o socorro! Outros mísseis vão à direção daquele aprazível arvoredo Onde nele reinam em abundância as maravilhas da mãe natureza Ouça querida! Pássaros piam num alvoroço! Seus pios soam tristonhos, sem cantos pelos seus peitos em dor. Veja! O que veio do alto e cá caiu aos nossos pés! Oh céus! Flores mortas! Rosas chamuscadas sem as suas vidas em cores!
II
Amor... Vamos fugir! Juntos para aquele esquecido vale de campos verdes onde lá eu a tive! Lembro-me que quando deitávamos rolávamos abraçados pelo gramado Só viríamos a parar num chão forrado de folhas a margem de um riacho de águas cristalinas Ali, insignes borboletas como sempre dando o ar da sua graça Pássaros cantando felizes dos seus peitos estufados em alegrias No céu azul o brilhante astro-rei Nas manhãs nos sorrindo do seu bom-dia Ao cair da tarde nos deixando a sua gostosa saudade Lembrança boa que eu tenho do sopro do vento fresco outra vez um pouco mais intenso; Quando assim eu me maravilhava pelos seus cabelos longos Que o emaranhava! Como nós beijávamos e como pegávamos fogo e muito mais Quando fazíamos amor gostoso naquele lugar calmo; Do vale da paz o vale da felicidade! E como eu te amo!
Amor... Vamos fugir! Pra lá agora! Vamos...
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