Sozinho neste fim de mundo
Sem os nossos amanheceres
Quando acordávamos juntos
Hoje me levanto sem você
Uma saudade tamanha me consome
Lágrimas aguadas sobre o meu lençol;
Rolam desesperadas
De pingo em pingo caem as indo ao "chão de assoalho"
(Parece um rio. Quero um bote)
Mais um dia que assim se confirma
Longe, mas bem longe do nosso amor;
Neste lugar ermo sem o teu cheiro
Sem os teus conselhos, sem a tua flor
Quis ficar nesta vida e já um ano sem te ver ?
Mas, já foram um e meio? Quase dois o vinde...
Parece-me que eu a disse seis?
Não chegará a cinco... Nem três...
Aqui neste lugar isolado sem os teus beijos
Sem os teus olhares que por eles me enlouqueço
Sem você nos teus variáveis vestidos lindos que lhe sempre caem bem
Quando eu os vejo vestida neles eu a digo - Que coisinha bonita, hein?
Quis-me sacrificar a desta forma e já fez um ano sem a ter?
Aquele que a ama, aquele que jura juras de amor
O teu amo, o teu amado que lhe manda rosas vermelhas
Aquele que quando a leva a cama te eleva às nuvens...
Vou e juntos voltamos leve dos nossos corpos úmidos
O nosso ato nos trás esgotados de tanto lá nos amar
Em desvario e do ânimo que ainda aqui nos consente assim dizemos – Te amo e você me ama! Como é bom sermos amantes!
Aqui neste lugar tão longínquo eu tenho o sol
Quase sempre eu vejo o seu por e no céu belíssimo nascer
Pelo céu tenho pássaros a revoar a cantar das suas idas e voltas
Eu aqui só, neste casebre dentro deste vale despovoado e sem você me importo.
Assim morrerei de amor!
Vem ao meu ambiente o perfume das flores e de unguento cubro o meu corpo
O perfumado o fica e o aroma se espalha no meu retiro
Mas, não estás ao meu lado oh meu bem! O que adianta o sol se o teu calor eu não o possuo?
O que adianta o canto apaixonado dos pássaros se somente eu os escuto? - Não quero morrer de amor! Não quero!
Tão lindas as tulipas daqui, mas, sem a tua presença logo elas desfalecem:
O aroma agradável que me tem vai-se indo o me deixando num cheiro da relva pálida Não! Aqui não mais ficarei! Eu, aquele que a ama voltará!
Voltarei para os teus braços para muito te amar! - Não quero morrer de amor! Não quero!
Acabei de ler a tua carta que a peguei nos correios que fica bem longe daqui.
Cê a termina dizendo que se eu não chegar a tempo...
Morrerás de amor! Não por favor!
Ao terminar de ler a esta minha acredite que daqui eu já partir.
Estou indo ao teu encontro deixando para trás a essa minha vaidade.
Vou da minha boca dos meus beijos já pegando fogo
Do meu corpo em chamas altas...
Deles a te devorar
Eu, aquele que a ama!
Irei muito muito te amar Eu te amo!