Estou amando, sei amar! Mas sem dor, pois ela é crua; frígida! Quero só amar, eu quero... Mas junto à dor não sou feliz, Eu me desespero.
Amor, amor, amor... Só o que eu quero é você e só - sem a dor... Sem dor... Bu! - Que susto hein? - Ó meu coração! Porque me persegues ó senhora dor?
Parece um fantasma por surgir sem ser convidada! De quando em quando vem devagarzinho, outras vezes a jato! Porque não me deixa em paz? Porque vive sempre ao meu encalço?
Ah! Vá embora! Do jeito que veio rápido vai-te! Para o raio que o parta! Não entre na intimidade do meu quarto porque eu preciso estar radiante quando for beijar a minha amada! Não permito e nem tente transpassar pela porta ou pela parede cor-de-rosa choque!
Porque a estou amando e logo declamarei a minha querida o quanto eu a amo! Ao meu amor não compete a tua parceria. Ácida, ferina, triste machucando o meu espírito deixando o em curto. És Insensível e se insistires em ficar sofrerei de solidão e longe do meu grande amor! Sei que ainda está por aí! Percebo a espionando pelo buraco da fechadura!
Por ora quero amar o meu amor em tantos outros lugares, sem você por perto; longínqua ó senhora dor! Desejo a todos que se amam e a mim, toda a sorte! - O silêncio! E... Ainda está em casa ou se foi? Oi! Oh não! Veio a bater e com força a porta do meu peito e como a bate áspero na minha porta!
Coração oh coração apaixonado que bates preocupado pelo fantasma da profunda amargura. Não se preocupe com essa dor querendo vir e se infiltrar ao meu espírito; eu me viro. Se vier... Por favor, se contém, resista! Pois ficará contristado e tornar-te-á cardíaco!
Eu não posso perder quem eu amo! E... E o que está acontecendo? O que será do meu amor? Eu sinto que o quero costumar com a teimosia do teu amor ó dor! Não quero estar mudo por agora me ver em dúbio. Pois então vou escancarar a essa porta a dor; a da minha alma!
Eu não posso perder quem eu amo! Não... Não posso perder o meu grande amor!