Vai-te!
Vá para bem longe de mim oh meu bem!
Estou em desatino e vai sem mim; mas, vai-te sorrindo!
Sai-te a correr e bem depressa daqui!
Não, não vá!
Não me quero estar só, inerte como uma efígie dependurada na parede.
Não quero mandar meus beijos para o ar correndo risco de uma mosca nos meus lábios pousar.
Não me conseguiria ver dentro do banheiro rabiscando a porta nova de madeira de cedro.
Vem, vamos para bem longe oh meu bem!
Estou em desatino e vem comigo; vem-me sorrindo!
Vamos correr e bem depressa daqui!
Correndo vamos e com cuidado para não tropeçarmos nas duras pedras.
Não poderemos levar quedas para não sujarmos os nossos lábios incansáveis na terra.
Ou, quem sabe poderíamos cair sobre borboletas ou sobre um colibri beijando o seu néctar.
Vem, vamos correndo para bem longe... Longe... Longe...
E não, não!
Quero que você parta e deixe-me aqui só; incomunicável.
Estou entediado e sem vontade, e sem; não almejo mais correr.
Não! Quero que fique! Não viveria sem a doçura de seu semblante!
Do silêncio dos teus passos e... Não, não vá!
Lembrei-me que se correrdes estaria sujeito a topadas...
E não conseguiria ver-te machucada, e não me perdoaria em saber das mortes; ao do colibri e das borboletas!
E... Vamos juntos correr?
E não, não!
Quero que você parta e deixe-me aqui só; quieto!
Estou entediado, sem vontade e sem; o não almejo mais correr.
Muito menos sem, muito menos com você!
Hei espere!
Quero que antes me veja morrer sóbrio; carente!
Mas, por outro lado quero morrer longe daqui; contigo do seu amor na linha do nosso horizonte vermelho.
Oh amada minha... Ás vezes não me vê contente; outrora sempre.
Vejo-me a sofrer com ou sem você! Por quê?