Oh amor meu! Nos vem o dia frígido; já amanheceu! Observamos através da janela que lá afora as cores nas folhas estão alteradas pelo clima volúvel do outono Naquela árvore algumas folhas verdes; outras meias; e no chão pouco murchas e outras secas E um vento álgido veio arrastando a essas folhas para o alto e no céu acinzentado vem surgindo o sol numa cor pálida aparentando estar com sono
Por debaixo do nosso edredom sentimos o nosso corpo ardente; por fora pelo acolchoado que nos cobre quente, por dentro o do nosso amor, o dos nossos sentimentos fervorosos; por dentro e por fora somos eleitos amantes cálidos Oh amor meu! Fiquemos então deitados mais um pouquinho e destas tuas mãos macias põe as na minha face e me derrama os teus afagos Deitai o teu corpo caliente sobre o meu e nós nos veremos incendiado; mais desejosos do nosso prazer nesta manhã de outono; deste fim de semana que nos veio. E solícitos o ar frio da estação outono, juntamente do seu companheiro o sol tímido e sonolento; estão batendo a nossa janela pelo calor dos nossos corpos afogueados; do amor intenso que ora cometemos.
Não ao sol do seu sorriso acanhado; seu sorriso pelo meio. Nem o frio do outono nos olhando em prantos de orvalho deixando tal a janela toda embaçada. Dentro do nosso quarto e debaixo do acolchoado do nosso edredom só a minha amada e eu.