Oh flor da minha vida! Vai-te com o seu coração no meu e siga confiante a tua ida. A força do amor lhe acompanhará junto do seu paraíso. Vai-te e segue...
E... Caminha seguindo para dentro do seu paraíso ó amada minha! E entrastes pisando nas gramas verdes, por entre relvas sadias que exalam um cheiro de matinho. Cruzarás o bosque florescente, cativante, e por um pedacinho de terra, numa trilha passarás; num limitado e mero chão batido. A sua frente virás o sol contra a sua face, e resplandecerás a ela mais do que já és; do seu semblante fiel de uma total luz resplandecente. Verás pássaros a revoar, pássaros para lá e para cá, e agora um bando se formou para ti ó minha, a que comprazo, para lhe reverenciar dos seus cantos clássicos sua magnificência. A sua ida deve ser cumprida, e caminhas firme por onde caminhas oh flor rara deste paraíso. Pegues agora onde neste momento tu passas, aquela rosa perfumada, e determinada segure-a na sua mão, e dela não a desfaça não. E... Minha amada observe novamente aqueles pássaros cantadores a uma légua da sua frente, se dirigindo para o topo daquela árvore robusta, a mais alta, e nela eles pousaram. Sob o sol, abaixo dela se encontra o que tendes de recuperar ó amada minha. Minha mulher de um pulso firme, mas afável, uma mulher repleta da força do amor que vencerás o mal que nos arrodeia; e a sua alma é cândida.
Oh minha amada! Nenhuma alma má mais te ferirá. Preparada estás, e o mal sua alma não irá tocar. A força do amor, o bem é maior que os olhos do mal.
Meu bem! Estás se aproximando próximo da árvore onde jazem os pássaros barrocos no seu topo. E... Lá está ela! Aquela alma severa com o teu adorno se passando por real alteza. Querida! Ao aproximar-se dela sabemos que fugirás de ti, mas não deixe essa alma evadir-se Pois se tiver um pouco de temor do nosso Senhor nesta, ela irá se render irá vir para o lado de cá, o do bem, a da graça do amor. E sabes que fora do seu paraíso se encontra um profundo abismo negro, e se neste cair nunca mais irá de lá sair. E...
---------------------------------- Diálogo ------------------------------------------------- -Não, não! Não se aproxima de mim não! Você não deveria estar viva do acontecido daquele dia. Afasta-se, afasta-se! A luz que há em ti, a força que está dentro do seu coração, e a firmeza do seu espírito está ferindo os meus olhos e o negro do meu coração. Já lhe disse: Afaste-se, pois, o bem que está emanando forte por aqui não é para mim, não! Devolvo-lhe o seu adorno que o subtrair.
Calma, calma! Dê-me a sua mão! Quero te dar o meu perdão e dizer que o que estás no seu coração poderá para sempre sair. Lembro-me de você quando todo o dia pelas manhãs me saudavas com um bom-dia, em seguida sorria para minhas filhas, e depois ficava me olhando. Você me alvejou por sua inveja... Mas lhe perdoo alma rancorosa e fria. Venha até mim, venha alma escura onde no seu coração o breu perduras.
-Não! Eu odeio você! Queria eu ser você! Afasta-se ! E...
-Meu amado, meu amado! Ela não quis saber e está fugindo em direção ao abismo fora do paraíso.
Deixe-a ir! Escolheste o não arrependimento, e não há mais nada a fazer. E... Eu a vejo no abismo negro cair e cair. E... Ufa! Caiu!
Minha amada! Estou ao seu encontro, e sem demora para lhe beijar e nos abraçar. Cheguei! Dá-me um beijo minha rainha, me dá o seu calor, me enche do seu amor. Hum! Que gostoso!
Agora irei pôr de volta o seu adorno. E... Como eu te amo! ----------------------------------------------------------------------------- [Continua em: Amor se despedaçando ( Cartas do mal)] ---------------------------------------
*Vide: Na beira da morte se encontra minha amada. Na parte texto/ e ou áudio.