O nosso amor é suave e ao mesmo tempo é selvagem..

O nosso amor é suave e ao mesmo tempo é selvagem...


Querida minha...
Agora esposa fiel e de juras de amor eterno.
Quero-lhe falar que quando foi gerada do ventre da tua Senhora mãe da terra...

Primogênita não fostes, e fostes eleita pelo teu pai a derradeira, e entre as suas irmãs você era a virgem mais formosa, e do seio de sua família fostes concebida a rainha, a de cabelos longos entrelaçadas numa trança, e quando para o alto da sua trança você a lança, ela sai manando aromas de flores aromáticas do campo perfumando as tuas noites e a aurora de nossos dias.
E um eu sei, sinto-o do sândalo e um outro me parece ao da camomila, e que ao teu amado pai em específico você o exprimiu por ser a tua paz, o que te fez e assim o teu adorado pai a concedeu ao teu amado homem, eu!
Confiado assim doei a minha alma a tua formosura, e mais de você é os teus lábios molhados e que aos olhares dos estranhos por eles você os deixa somente na fissura.
E os meus olhos castanhos aos dos seus cor de mel aos meus eles o têm.
E os ganha, os ganhou. És só teu oh meu amor!
E os nossos lábios quando os envolvemos o deixamos sempre secos e molhados secos...
-Serei dado aos teus peitos fartos feitos e muito te beijarei.
E quanto aos nossos abraços que são apertados e saem transpirados pela nossa afeição, eles incitam os nossos corpos em âmagos desejos.
E no teu corpo que te fez perfeito pelo teu pai que me escolheu, então fui eleito, e esposo seu sou agora eu e agora o tão amado seu
E ti me acolheu em núpcias fazendo deitar-nos agradavelmente onde se deleitaremos sobre o lençol de linho branco beirando pelas beiradas largas do nosso leito
E temos acima de nós a companhia da luz ambiente refletindo o que está em nossas mãos... O nosso vinho que suavemente o beberemos.

E o amor é suave e ao mesmo tempo é fogo e lá vem ele incendiando ao estrado do nosso leito
E o nosso amor é suave e ao mesmo tempo é selvagem pelo fogo da paixão que o consome...
Tão ardente quando penetra em chamas todinho ao ser deixando-o meu dorso elevado e o meu coração selado sobre os teus peitos que amamentarão as nossas filhas ó amada e formosa mulher minha!

E ao meu lado foi-se a sua primeira e última coroa de flores e a do seu véu que cobria o teu esplêndido semblante e a formosura do teu rosto!

Por estes teus beijos que tu me beijas e que são quentes...
Amada és mulher da minha vida todinha mulher dos meus deleites!

E o nosso amor é suave e ao mesmo tempo selvagem por um fogo que o deixa ardente...
O nosso amor é suave e ao mesmo tempo é selvagem...
O nosso amor...
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Claudemir Lima - 30/03/2008