Nos segredos que antecede as horas,
embalo solene na rede da memória,
instantes profundos repletos de ti.
Tamanha é a intensidade de tua essência no meu mundo,
que eu sempre me pergunto:
Tu como estás?
A brisa batiza suave meu rosto,
com o passar de minutos crucias.
Permitindo-me a viver,
numa apoteose onde dúvidas,
permanecem mergulhadas sobre a condição
de possíveis desejos.
Por onde andas que não sinto teu cheiro de mar,
nem teu gosto de beijos?
Tu como estás?
Sigo caminhando no aconchego desta tarde,
abraçada a ausências tuas,
no complexo de mim mesma.
Ah!
Hoje, necessitava do ar de tua graça,
de teu riso de sol pra enxugar estas lágrimas,
que inundam de saudades minha alma.
Tu como estás?
E mesmo assim,
consigo colher, rosas no meu caminho,
revestidas dos melhores sentimentos,
Mas, deverias saber,
que também, há presença de espinhos,
como pesadas distâncias e imensos silêncios.
Tu como estás?
Poderias-me dizer como adentrastes
o solo sagrado de meu coração?
E quem foi quem te deu permissão,
pra romper tais fronteiras,
posicionando como estrela, numa desmedida extensão?
Tu como estás?
De uma ternura indescritível,
fiz de tua pessoa, o mais lindo de todos os oásis!
Mais um vazio possante e inquieto,
fez questão de lançar na minha vida,
uma ilusão em desertos...
Tu como estás?
Porém, lhe direi em poucas palavras,
o que eu mais queria dessa nossa vivência:
Era que minha orquestra sinfônica desvendasse,
o significado de toda essa tua maestria...
Pra que não ficássemos passivos,
observando apenas,
os tópicos elementares desta nossa poesia.
Tu como estás?
Agora,
noite menina se aproxima
e nuvens carregadas passam apressadas,
cada vez, mais.
Seguem com elas o meu universo de carinho,
para que desse amor infinito,
em tudo te sintas digno e capaz!
E se a chuva divina,
acariciar esse teu corpo de céu,
sou eu meu amado,
condensada neste abraço de paz!
Tu como estás?
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.