Cigarras aos cantos.
Pássaros, retornando aos ninhos,
gorjeiam para avisar ao sapo
que inicie o seu coaxar.
É dentro deste compasso
que homens solitários
caminham para um bar.
É a hora - mistério
em que o dia indeciso
não sabe se fica com o sol,
ou se cede ao luar.
Pôr do sol, pôr do sol,
outrora romântico,
convocava os casais
aos bancos de um jardim,
para um bom bate-papo
e carícias sem fim.
Pôr do sol, pôr do sol,,
o descansar do astro-rei,
que alguns contemplam,
como auréola dos montes
e outros, como mergulho no mar.
É a hora de deixar de ofuscar as estrelas
e de ofertar aos homens a noite e o luar.
Neste país tropical,
as orquestras dos parques -
cigarras, sapos e grilos -
todos os dias anunciam:
“venham ver
o que nunca sairá de cartaz”:
ao momento-mistério,
em que o dia indeciso,
não sabe, se fica com o sol
ou se cede ao luar.
A canção e apresentação PPS “Pôr do Sol” encontram-se nos endereços:
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