Na solidão da floresta amazônica brotam da terra pequenas borbolhas dágua e se forma uma nacente;O pequeno filete de água (aquí representado pela flauta-doce)segue no silêncio da mata virgem transpondo folhas caidas, pequenos gravetos,torrões de terra e começa a se encorpar ganhando mais força e se transforma num minúsculo riacho(entram os violões).
Na entrada do Baixo, os violões que tocavam "ad libitum", assumem um rítmo sugerindo o começo da carreira do riacho.
Este, na medida que corre ganha mais volume e a entrada da percussão sugere o nascimento do rio Negro que vai se transformando no colosso de águas escuras por causa da vegetação e depois de quilômetros e quilômetros, irrigando e distribuindo vida e alimento pela floresta desemboca espetacularmente no Rio Solimões,que tendo feito um percurso semelhante, vindo de outra parte da Amazônia, tornou-e um rio de águas barrentas, cor de terra. Após o espetacular encontro dos dois (sugerido pelo acorde final da Música, Os rios seguem em paz,ainda por vários quilômetros sem se misturarem, uma cor sobreposta á outra: É o "Encontro das Águas" visto nitidamente do alto e que dá início ao nascimento do poderoso Rio Amazonas!