Dizem que religião, futebol e política são assuntos indiscutíveis.
A primeira realmente, não há o que se discutir, posto que acredito ser Deus uma força única que permeia todos os espaços.
O futebol ultimamente me convenceu de que é melhor que não percamos tempo com algo que não muda a vida da gente... é peso pena, apenas um amortecedor das tensões sociais, quando o pão não é suficiente para agüentar o circo pegar fogo!
Agora, política, e no atual cenário brasileiro que se descortina, me parece vital.
Desde que o mundo é mundo, há o segmento dos que comandam e o dos que são comandados.
É mister que seja assim, posto que é necessário um equilíbrio de forças para que a ordem social se estabeleça.
Vejam, desde crianças, no seio da família, sentimos a necessidade dum ponto de referência forte, coerente e equilibrado, geralmente representado pela figura dos pais.
Lembro-me de que quando minha filha engatinhava, saia rapidinho de perto de mim, a despeito da minha insegurança com a sua trajetória, mas sempre olhava para trás, para certificar-se se a minha expressão facial era de permissão ou reprovação.
As crianças, assim como os seres adultos, inclusive a sociedade politicamente organizada, precisam de referências e limites...
Até os animais, na sua complexidade instintiva, marcam território e elegem um comando comunitário.
Parece-me algo inato.
Aonde quero chegar? Ao patético cenário descortinado do nosso Congresso Nacional, tão bem mostrado pela mídia diversa, no qual a liderança insiste em comandar, a despeito da salva de manifestações contra, tanto por parte dos comandados quanto por parte da sociedade civil que o Congresso representa.
É IMPOSSIVEL LIDERAR QUANDO SE PERDE O RESPEITO, A ADMIRAÇÃO E A CONFIANÇA DOS LIDERADOS.
O que não entendo, como leiga em política, é... por que as mesmas forças que elegem um líder não podem destituí-lo.
E como alguém continua liderando um espaço em que não há mais quem se coloque como liderado.Alguém poderia me explicar?
O que me preocupa é que, ainda que não haja provas cabais, mas fortes indícios de fatos adversos ao cargo, haveria que se criar mecanismos de se defender a nação contra escárnios.
Nós eleitores, não merecemos isso!
E pelo andar da carruagem,acredito que o atual episódio nos ensinou, que a força que pulsa da liderança legítima, é tão sagrada, que não se submete aos votos de interesses escusos, limitados à clausura das portas fechadas...
E quanto à frase dita por lá, que hoje foi noticiada pela imprensa “sou qual o COCO que é só tirado a pulso do coqueiro”, não condiz com a realidade.
Já vi pelo maravilhoso Nordeste, muitos cocos caírem de maduro...e às vezes já impróprios para o consumo, pois esborrachados...se estatelam na própria adversidade...a de não terem sido, no caso, recolhidos...a tempo...
Espero, sinceramente, que ao menos os coqueirais sejam mais respeitados.