Molha, lava, limpa, encharca, arrasta.
Água que cai inchando a semente, regando a alface e o almeirão, dando vida à plantação.
É a vida do campo, beleza em flor.
Da varanda ouço o seu som, sinto o perfume da terra, respiro o ar da natureza, puro, úmido.
Festa para o marreco da lagoa. Na cama quando ela chega, o sono chega com ela.
Ultimamente é notícia!
O grito da mãe natureza está sendo ouvido, através das antenas de TV, ondas de Rádio,
lida através de jornais, revistas e Internet.
“Chove chuva, chove sem parar...”
“Deixa chover, deixa a chuva molhar.
Dentro do peito tem um fogo ardendo que nunca, nada vai apagar...”.
Contudo a chuva traz consigo o espírito fraterno. Às vezes, confinada, a família encontra o tempo, sempre escasso, para conversar. Na chuva a chance do diálogo.
Foi preciso muita chuva para o homem descobrir que é preciso respeitar para ser respeitado, que um forte princípio de paz vem pela obediência.
A sadia convivência ocorre quando cada um conhece seu espaço.