Numa certa cidade do interior, um candidato a vereador contou-me uma história que acontecera consigo. O mesmo não foi eleito. Ainda bem!
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Ele comprara um "Santana Quantun" bem conservado, mas era um espólio. Depois de usá-lo por dois anos. resolveu vendê-lo. Para sua surpresa, foi embargada a transferência do carro por tratar-se, de um espólio.
O homem virou um arco-íris de tanto mudar de cor, pela raiva sentida do vendedor. Voltou à revenda e descarregou toda sua ira através de um palavreio nada ético e impróprio para aqui ser citado. Tentou reaver o dinheiro pago, mas o revendedor respondeu-lhes que aquela situação era dele conhecida, visto que ele o avisou antes de vender-lhe o carro.
Tentou recorrer à ajuda de um advogado. Ao expor o caso a um advogado, este confirmou que era impossível vender o carro por tratar-se de um espólio.
- "Arre égua!", replicou atordoado o homem. "Eu comprei esse carro, justamente por ser um espólio e agora não posso vendê-lo por esse mesmo motivo! Mas, afinal, que diabos é espólio?". Aí, o advogado explicou que espólio são bens que alguém deixou por sua morte, como herança, parte de um inventário e que só após liberação do processo de inventário pelo juiz é que pode ser vendido. Não precisa descrever a cara de desapontamento do sujeito.
É, meu amigo. A ignorância mata. E ainda queria ser vereador. Que tipo de lei iria sair de legisladores como este?
Aprendamos a votar, não por amizade, mas por competência. Não soframos mais um "espólio" por quatro anos, que mais nos parecerão uma eternidade.
Deus abençoe a todos!!!!