Na galeria do tempo emudecido, perdido. Na dolência de uma alma enfraquecida Cansado e humilhado, pobre coitado. Da vida uma sina, que declina, mas não cai. Sobreviver limitando gestos, às vezes com restos. Nas dores sem favores, lucidez corrompida. Dos vícios sem temores peregrino do destino No leito frio e duro do chão, perdido em solidão. São tantos descaminhos corrompidos em desalinhos Sem saber por que razão se quer pra comer nem pão. Si quer luz no fim do túnel, imperando a escuridão. Sonhos desfeitos, sorrir de que jeito tristeza abissal. Vida sem sorte na galeria do tempo empobrecido Desolado abandonado é a sina de um esquecido