A viagem que mudou a história
Há quarenta anos, Neil Armstrong desembarcou no Mar da Tranquilidade – lá na Lua!!! – e como por lá não há água nenhuma, conseguiu sem se afogar pisar no solo lunar e proferir a famosa frase: “Este é um pequeno passo para o homem, gigantesco salto para a humanidade.”
Enfim, os Estados Unidos haviam virado o jogo contra os soviéticos e, assim, seus astronautas deram um olé nos cosmonautas russos ao fincarem primeiro na Lua a bandeira americana. Anos e anos de maciços investimentos de tempo, dinheiro e pessoas colocava o homem definitivamente nas outrora indevassáveis trincheiras da conquista espacial.
Atualmente, depois que viagens de ônibus espaciais já ceifaram vidas de forma estúpida, pergunta-se que vantagens efetivas aqueles voos tripulados trouxeram à humanidade, a não ser esquentar as disputas daquela vertente da Guerra Fria que boiava pelos céus.
Também, há quarenta anos, pouco menos de um mês após o passeio lunar que trouxe algumas pedras como pilhagem daquela discutível conquista, centenas de milhares de jovens confluíram numa contracultura que rechaçava as guerras e um modo de vida predatório e, assim, reuniram-se em Woodstock para alguns dias de arte e cultura, com muita música e alegria. Descontados os incidentes e percalços decorrentes dos excessos de alguns hippies, foi impressionante ver a forma pacífica com que tamanha multidão se acomodou para festejar os ideais de paz e amor.
Naquela época, alguns homens empreenderam uma viagem para fora, rompendo os limites que nos confinam neste planeta, em busca de algo desconhecido e que, ainda, remanesce longe – muito longe – de nossos verdadeiros interesses. Outras pessoas, contudo, empreenderam uma viagem para dentro, vasculhando as inesgotáveis possibilidades que o espírito humano resguarda em seu núcleo mais sublime.
Passaram-se somente quarenta anos e ainda é cedo para os julgamentos da história. O futuro dirá qual dessas foi a viagem que efetivamente trouxe maiores benefícios para este mundo.
