Vejam só onde eu cheguei!
Hoje, completo mais um aniversário. Já posso contá-los às dúzias, a esta altura. Não tem velinha, nem bolo ou guaraná, mas, cá comigo, o festejo está presente.
Dizem que, na vida, um homem precisa, ao menos, plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho – e de tudo isso já fiz. Minha contribuição à preservação do verde no planeta deixei numa chácara que, outrora, já tive como refúgio. Livros também já publiquei e outros estão no forno; quiçá venham à luz em algum momento. Certamente, o melhor de tudo foram os filhos. Não vejo nada que possa glorificar mais uma existência terrena do que ser copartícipe no milagre da criação.
Poderia eu, aqui, ficar discorrendo sobre conquistas e fracassos que acumulei na vida. De uns e de outros tenho o bastante para preencher algumas existências. É que minha inquietude ariana sempre me incitou a buscar tudo de forma muito intensa e, por certo, não sou daqueles tipos que se contentam com pouco.
Resta saber, portanto, o que fazer daqui por diante, enquanto vislumbro o resto de areia que ainda está por escorrer na ampulheta desta existência. Apesar da data ser marco obrigatório para fazer balanços do que a vida proporcionou, existe um eterno momento presente que convoca à ação e sempre no sentido de continuar edificando o futuro – seja ele o quanto tiver de ser.
Planos e projetos os tenho aos montes, tanto em curso como na lista do que está por ser feito. Seja lá o quanto me reste de vida, muito certamente o tempo será curto demais para realizar o que minha vontade almeja.
Sendo assim, viva eu! Parabéns para mim! Que outras tantas dúzias de aniversários possam suceder-se. Estarei sempre de prontidão para fazer o melhor por merecê-los. Entretanto, se assim não for, a vida sempre terá valido a pena, porque a abracei como uma grande oportunidade que não pode ser desperdiçada.