Maria
Maria começou sua vida como filha de Maria e de Amarílio. Cresceu e tornou-se mulher. Com a firmeza da mãe e a doçura do pai, Maria construiu uma família com o companheiro José. Ficando então Maria e José, José e Maria. Duas almas que se completaram e se ampararam no percurso do tempo e se ajudaram na educação de seus oito filhos, quatro mulheres e quatro homens, todos de almas boas como a alma de Maria, todos de almas simples como a alma de José.
Nos caminhos que trilhou Maria tornou-se esteio para tantas almas quantas as que encontrou. Maria desdobrou-se como filha, como esposa, como irmã, como mãe, como tia, como amiga e como ser humano, em todas as dobras de sua alma, sem olhar para si mesmo, sem se preocupar com as suas necessidades. Maria serviu ao seu próximo como Jesus seu Mestre dizia, “amai ao teu próximo como a ti mesmo”. Só quem conviveu com ela de perto sabe realmente o que sentia esta amorosa criatura, esta candura de amor.
Maria foi uma lição de vida, uma luz incandescente que iluminou com seu poder muitos caminhos na vida. Mostrando com seu olhar maravilhoso caminhos ocultos, iluminando a essência da verdade onde ela se escondia. Protegendo os mais carentes e clamando a consciência de quem fugia de sua responsabilidade e abandonava o trabalho na obra profícua do Pai, do serviço verdadeiro, da boa cidadania e do amor desinteressado e altaneiro.
Maria foi um caminho que só percorre quem tem a coragem de enfrentar a realidade que Maria exibia. Maria foi o ensinamento, a parábola da lida exercitada em verdade, no que a verdade nela oferecia. Foi a vontade férrea, o entendimento profundo, o conhecimento de Deus de tal forma desassombrada e sem medo, ciente que estava de sua missão cumprida, que ela Maria não teve medo de morrer. E foi embora como o anjo que era, deixando na terra o seu casulo de carne para vibrar em luzidia forma no universo onde foi trabalhar, por que almas como a alma de Maria, não conseguem nem podem parar.