O que eu faço ou deixo de fazer não diz respeito a você, minha vida me pertence e só a mim ela atende.

Não vivo para o outro, nem a ele tento agradar, a mim devo a satisfação que o outro tanto teima em reivindicar.

Não escondo nada, nem vivo às escuras, me esgueirando como um foragido, se me perguntar diretamente terá a resposta que tanto tem lhe afligido. Mas só pergunte o que verdadeiramente queira saber,pois o restante não respeita a você.

Num mundo onde se expor lhe faz “pertencer”, vivo à margem observando que o que se mostra por ai não chega aos pés da verdade e que esse “pertencimento” não existe, existe uma sociedade doente onde o interesse maior está na vida que o outro mostra, porque a sua não interessa de verdade.

Se quer saber o que faço com meu tempo e meus laços, faça parte de um deles e verá que não há necessidade de expor, pois o outro mesmo que veja não conseguirá entender a grandeza do verdadeiro pertencer sem medo de não ser aceito, sem medo de se ver.