MEU AGRESTE POTIGUAR

Publicado por: Neide Rodrigues
Data: 16/04/2020
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Créditos

Poetisa Neide Rodrigues Fundo musical "RANCHINHO DE PALHA" Composição: Chico Ellion Interpretação: Genivaldo Fernandes

04 - INOCÊNCIA

LIVRO - CENTELHAS DE AMOR

Inocência 

Saudades dos tempos de outrora, como fui feliz. Correndo pelos verdes campos do meu agreste potiguar, voando como as borboletas multicoloridas que pousavam para sugar o néctar das flores e rosas do meu jardim. Os galhos das árvores eram palco de nossas pequenas acrobacias aéreas, junto aos meus irmãos. Nossas peripécias tantas vezes aborreciam nossos pais, assustávamos os saguins que teimavam em voltar.

Saudades dos dias de chuvas, brincando e vendo meu barquinho de papel derivar nas poças que se formavam, a água escorrendo sobre meu corpo como doce carícia de amor.

Saudades dos amigos de infância, da sala de aula, da escola do meu bairro que já nem existe. O gosto pelo viver era diferente, descompromissado, sem estresse, sem tantos alimentos químicos, vida natural. Sorrisos, sempre contentes, às vezes inconsequentes, o que era normal.

Saudades da inocência que não nos condenava. Tudo tão tranquilo e calmo, os dias longos e divertidos. O piar das corujas me assustava, agourentas, prenunciavam mortes, segundo a lenda dos mais velhos.

Saudades são tantas que lembro de cada detalhe, dos momentos vividos com meus pais e nove irmãos, naquela casa de taipa pequena e aconchegante, ladeada de flores e árvores frutíferas. Lembro do caminhar entre elas, das noites de lua cheia ouvindo histórias de Trancoso contadas por um tio paterno, algumas assustadoras que me custavam a dormir.

Ficaram disso tudo as lembranças guardadas na memória com carinho. Descrevo aqui uma pequena parte de tempos idos que marcaram e têm um lugar especial em meu coração. Que meus descendentes saibam que minha infância foi de muitas dificuldades, porém recheada de aventuras e travessuras. Essa infância feliz, vivi intensamente entre a natureza do litoral agreste potiguar.

Por fim,

Saudade!

Neide Rodrigues, em 29/03/1994

INOCÊNCIA

Microconto

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Aquela menina alegre corria pelos campos verdes do agreste potiguar, demonstrava essa alegria de uma forma impressionante, era como se voasse como as borboletas multicoloridas, que ora bailavam no espaço, ora pousavam nas flores para sugarem o néctar do jardim que ali existia. Era Neide Rodrigues, a Neidinha conhecida por todos. Ela adorava os galhos das árvores, palco de suas pequenas acrobacias aéreas, junto com seus irmãos, até aborreciam os pais com essas brincadeiras que assustavam os saguins, mas esses terminavam voltando.

Nos dias de chuva era uma festa, Neide Rodrigues, brincava com barquinhos de papel que fazia para ela e os irmãos, as poças que se formavam transformavam-se em rios e lagos para eles. Chegavam em casa ensopados com a água escorrendo sobre seus corpos como uma doce carícia de amor. ❤

A casa de taipa pequena e aconchegante comportava Neidinha e mais nove irmãos, além dos pais, sendo ladeada de flores 💐 e árvores frutíferas. Neidinha adorava caminhar entre elas nas noites de lua cheia ouvindo histórias de Trancoso contadas por um tio paterno, algumas assustadoras, com essas demoravam a dormir. 😴 Assim foi a infância de Neidinha.

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Moacir Rodrigues

Baseado no Texto/Conto

INOCÊNCIA

Autora:

Neide Rodrigues Potiguar

Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 07/08/2018
Reeditado em 04/09/2024
Código do texto: T6411943
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