Nosso Canto da Terra

Publicado por: Mestre Tinga das Gerais
Data: 20/01/2020
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Créditos

Homenagem ao amigo e Cordelista Mestre CarLos Azevedo Minas norte encontro Quintais embandeirados Cantoria aflorada Nos cordéis da alma caminhar Serras azuis sinuosas Chaminés em nobres palhoças O aboio nos lábios sedentos Plantar sonhos nas labaredas do tempo Encontro de vertentes do sol Filhos da lua no colo do vento. Vidas assanhadas Debulhar acordes na saga No Jequi tem peixe No norte o se
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Nosso Canto da Terra

Amo amigo e Cordelista Mestre Carlos Azevedo.

Minas norte encontro

Quintais embandeirados

Cantoria aflorada

Nos cordéis da alma caminhar

Serras azuis sinuosas

Chaminés em nobres palhoças

O aboio nos lábios sedentos

Plantar sonhos nas labaredas do tempo

Encontro de vertentes do sol

Filhos da lua no colo do vento.

Vidas assanhadas

Debulhar acordes na saga

No Jequi tem peixe

No norte o sertão teimoso

Da lenha o feixe

Cerrado fruto ouro no chão

Pequi do caboclo

A carne é charque é sol

Porteiras abertas estrada serpentear

Suor do catrumano no seio do arrebol.

Tem ponteios no ar

Sintonia da busca

E o libertar de si

Olhares e pensamentos

Criação no relento

Uma onda e outra onda

De uma prosa à outra

De um canto ao outro

De um cordel ao outro

De uma saudade à outra.

E lá ouvidos atentos

Uma canção que eu quero

Uma notícia de alguém

Tem festa no povoado!

Em qual povoado?

Ah! Alto Belo...Olhos D’água?

Olha a Folia de Reis...

O coração sem mágoa.

Minas nos montes

Claros montes...Montes Claros

Gorjeio da passarada

Encantos do sol mirante

Orvalho manhã relva molhada

Caboclo orgulhoso

Pés no chão catrumano

O aboio de a alma vibrar

Berrantes do tempo assopro

Arrepios de eu brotar.

Nas altitudes dos mistérios

O linguajar trigueiro

Da nascente à foz da vida

O embrenhar nas matas versejar

Do amanhecer de sagas

Nas Sextilhas e décimas

Na voz do cantador

Os acordes de tempos idos

Um infinito de canções destemidas

No colo de um sonhador.

Antônio Augusto Azevedo

Soldado da Banda do Batalhão

Trovador e seresteiro

Amante da canção

A seu lado Valquíria Aguiar Azevedo

Mulher de fibra daquele rincão

Deu a luz a Carlos Azevedo

Mestre, Poeta, cabra bão

Apresentador renomado

E incansável guardião.

Nosso Canto da Terra

Terra sagrada quinhão

Do plantio ao querer

Há sempre um pedaço de chão

Terra, fruto, carne e unha

Canto da terra nossa paixão

Ser assim norte mineiro

Plantador de emoção

Por esse Brasil inteiro

Nosso canto da Terra Sertão!

Mestre Tinga das Gerais
Enviado por Mestre Tinga das Gerais em 20/01/2020
Reeditado em 20/01/2020
Código do texto: T6846318
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