Sô Minêro Uai!

Publicado por: Mestre Tinga das Gerais
Data: 13/03/2019
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Créditos

E Deus abre a portêra: O incanto da cachuêra A pescaria na corredêra O Rio das Véia numa denguêra... O Véio Chico? À sua manêra... Eita gostosa Vida barranquêra O Trem apitô E a Juriti toda cantadêra Num importa a istação A istrada traiz o charme da puêra E sertão adento Aquela cantiga aboiadêra. O Nhonha e o Mucuri E suas viola recortadêra! A bacia e as lavadêra A prucissão na ladêra Os vitral nas capela Devução ! Sinhora do Rusáro Negraria caminhada um luzêro O sangue é força Rasto na álima
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Sô Minêro Uai!

E Deus abre a portêra:

O incanto da cachuêra

A pescaria na corredêra

O Rio das Véia numa denguêra...

O Véio Chico? À sua manêra...

Eita gostosa Vida barranquêra

O Trem apitô

E a Juriti toda cantadêra

Num importa a istação

A istrada traiz o charme da puêra

E sertão adento

Aquela cantiga aboiadêra.

O Nhonha e o Mucuri

E suas viola recortadêra!

A bacia e as lavadêra

A prucissão na ladêra

Os vitral nas capela

Devução !

Sinhora do Rusáro

Negraria caminhada um luzêro

O sangue é força

Rasto na álima candiêro

A risistença é ôro

Trazida no Navio Negrêro!

O leite na leitêra

O carro de boi

Na ribancêra

A prantação na ribêra

O galo na cumunhêra

A paioça? É de Palmêra.

O pão de quêjo

À moda rocêra

Tem bolo no forno

E é de macaxera.

O franguin é cum quiabo

Inté dá uma lombêra...

O fejão tropêro ta que chêra

Vô bebê uma cachaça que é bagacêra

Ôvino a prosa do Zé Texêra

Minha égua é braba e é coicêra

Dêxa ela quéta.

Se eu ficá bêbudo me dêxa na istêra.

O istêi da casa

É de Aruêra

A sombra gostosa da Gamilêra

O licô vêi dela

Da jabuticabêra

Feitio pela Améia a quitandêra.

A cabôca facêra

O Mocó na pedrêra

As serra azule

Feitias o céle e as istrela

O negro gingano

É capuêra.

O vapô da chalêra

Os ramo da benzedêra

O telço da rezadêra...

Tem chá pa dô na iscadêra

E a reza é forte

Dá inté suadêra.

Drumão de Andrade! O que tem no camin?

É uma pedra é de cascaiêra

E o Guimarães trazeno a rosa

Diadurim gosta é de rosêra

Diz que o Pelé gostia de tênis

Mais eu acho qui é de chutêra.

Hoje tem festa de São Binidito

E a Jandira é a festêra

Vô minguá a prosa e saí na Carrêra...

A Teresa me ispera dispois da cachuêra

De laço de fita e vistido rodado...

Ispero que eu num caio na ciumêra.

Moço! Inté parece um sonho!

Minha álima fica artanêra

E no colo da nôte

O prefume da brisa ligêra

Faiz meu coração dilirá

Numa filiz batedêra!

Uai sô! Aqui Minas Gerais!

A capitale é Belzonte

E daqui num se isquece jamais.

Era Currale Dele Rei, curralêra!

Discurpa se isquicí de arguma coisa

Vô agardicê a Nossa Sinhora da Pedade

A nossa padruêra!

Sô minero uai! Dêxa de bestêra! É bão dimais da conta sô!

Inté pessuale! Inté!

Mestre Tinga das Gerais
Enviado por Mestre Tinga das Gerais em 13/03/2019
Código do texto: T6597009
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